O que representa o pai? Pai é uma palavra com origem no latim pater, e representa a figura paternal de uma família, ou o genitor de uma pessoa. O conceito de pai é bastante amplo, e não se restringe a uma pessoa que é o pai biológico de alguém.
Um pai adotivo ou um pai de criação, apesar de não ter gerado o seu filho, não deixa de ser pai. A figura do pai é ainda muito emblemática e conflituosa dentro de nós. É comum as pessoas ou canonizarem seus pais ou jogá-los no inferno, tal a marca que esta figura deixou registrado – para o bem ou para o mau – nas pessoas.
O fato é que a figura do pai é de extrema importância para o desenvolvimento saudável de um ser humano.
Ele tem uma contribuição de amor, afeto e proteção que só ele pode transmitir, desde a gestação até a vida adulta do filho. No entanto, um pai disfuncional também pode causar danos irreparáveis na vida de alguém.
Ao falar da presença do pai durante o período de gestação lembramos, obviamente, que ela é secundária em relação à mãe, mas não menos importante. Enquanto a mãe está transmitindo emoções, alimento e afeto ao bebê pela via corporal, o pai transmite segurança através de sua fala.
Nos primeiros 6 meses de vida, estágio da dependência absoluta mãe-bebê, o pai deve ser o principal “cuidador” deste binômio: ele dá sustentação à mãe, protegendo-a das interferências externas de modo a que ela possa entregar-se totalmente a esta nova vida. Em outras palavras o pai é aquele que deve “preparar o ninho”, cuidar para que ambos tenham este ambiente seguro.
O pai como representante do mundo externo. Esta função de tirar o filho da relação fechada com a mãe vai conferindo à figura paterna uma representação daquilo que está fora. Se no campo psicológico a mãe é representante do mundo interno e inconsciente, o pai o será do mundo externo, o mundo da consciência. Assim, o pai será a primeira pessoa que a criança amará no plano abstrato e espiritual, pois nunca esteve ligada fisicamente ao pai como esteve à mãe.
Chama-me muita atenção aquela imagem, muito comum em nosso meio, do pai que retira as rodinhas laterais da bicicleta e, segurando no banquinho, empurra a criança para que ela, ao pedalar, consiga o equilíbrio por si mesma.
Esta atitude simbólica da bicicleta é uma representação muito concreta da função paterna no nosso desenvolvimento, onde o pai é quem “empurra” a criança para o mundo concreto e real, promovendo o seu equilíbrio e autonomia.
Neste sentido dizemos que o pai é uma figura de referência no que se refere ao desenvolvimento social da criança.
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