Como viver a vocação matrimonial, num mundo que só promove a separação? Quais são as dificuldades que geram separação?
Vejamos: Quando as dificuldades no relacionamento humano são percebidas, um termo usual para definir estas circunstâncias é a "incompatibilidade de gênios".
Durante o período de namoro não nos permitimos ver, realmente, quem é o outro. Com a chegada da rotina no relacionamento torna-se possível conhecer a pessoa como ela é de verdade.
Então, começam a surgir os problemas, haja visto o fato de iniciar-se uma intolerância com relação aos defeitos do outro.
Há uma considerável lista de fatores que contribuem para as dificuldades conjugais. Dificuldades financeiras, diferenças de educação, formação profissional, estilo de vida e objetivos (ambição, posição social, etc).
Problemas sexuais: da ordem orgânica e psíquica. Infidelidade. Itens pertinentes à estética: beleza física, idade, etc. Nascimento de filhos ou a sua saída de casa com a maioridade. Questões relacionadas à personalidade e problemas psicológicos. Diferenças de credo e fé.
O casal não consegue perceber este tipo de deficiência em seu relacionamento. Focaliza os problemas em outras questões, ou ainda, prefere nem tocar no assunto.
A pessoa age inconscientemente, de forma semelhante a um hóspede dentro de sua casa.
Realiza as suas atividades comuns. Mantém a comunicação e os hábitos rotineiros, inclusive os financeiros. No entanto, a sua forma de ser e estar apresentam um novo item: a frieza ocasionada pelo distanciamento.
Aos poucos vai agindo como se fosse alguém que está hospedado na casa, cumprindo com alguns papéis pertinentes, todavia, trata as questões, de forma independente.
Deixa as responsabilidades, sobretudo as domésticas, para o outro cuidar. Onde havia uma atmosfera de mudar, cordialidade e doçura, passa a existir um espectro de isolamento e pesar.
O outro vai percebendo, sensivelmente, as diferenças no tratamento recebido e acaba por se sentir, pouco a pouco, só.
As discussões passam a existir com uma frequência crescente em virtude do mal-estar alojado e da falta de compreensão.
Os conflitos podem surgir e avoluma-se no processo bola de neve. Lembranças e cobranças de como a vida conjugal era boa anteriormente são lançadas no calor das discussões.
Esta é uma situação estressante para o casal, podendo levar os seus envolvidos à depressão e outros males.
O jogo de culpa passa a ser apenas um instrumento para se defender, na tentativa de diminuir as péssimas sensações. Separar, por sua vez, traz de volta o estado de isolamento, causando, ao mesmo tempo, dor e sofrimento.
Dialogar, e, entenda-se bem, conversar com o coração aberto, oferece uma primeira abertura para se compreender a vida do casal.
Dar o primeiro passo pode modificar aquilo que já era considerado algo inevitável, como a separação. Entender esta tarefa não é simples. Requer coragem e vontade para
Aceitar os problemas e lutar para transformar o prejudicial em saudável. Ambas as partes devem estar dispostas e comprometidas em participar deste processo, apoiando- se.
É preciso administrar os problemas existentes dando lugar ao desenvolvimento qualitativo de vida. Isto se dá de dentro para fora.
Leva tempo, entretanto, deve- se considerar que os resultados, conforme a vontade empregada no processo trarão maior liberdade para viver, individualmente e de forma conjunta.
Vale a pena lutar com vontade, ajuda e conhecimento pelo restabelecimento do matrimonio!
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