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JESUS, O MESTRE DA QUALIDADE E DA VIDA

Certa vez, no último dia de uma grande festa judaica, uma escolta de soldados procurava por Jesus Cristo. Ele tinha de ser preso e condenado rapidamente, pois contagiava a nação com seus discursos sobre o amor, o perdão e a tolerância. O movimento em torno dele era considerado um motim pela cúpula judaica e romana.

O clima era tenso. Os soldados designados para prendê-lo estavam ansiosos. Movimentos bruscos, olhares furtivos. Queriam identificar o homem que abalava o país com seus discursos inflamados. Ele pediu para seus discípulos subirem sozinhos à festa. Depois ele subiria. Talvez pensassem que ele estivesse apreensivo.

No período de maior calor emocional, ele penetrou no meio da multidão. O momento recomendava que dessa vez ele fosse discreto.

Mas quando todos pensavam que o medo o controlaria e a ansiedade o abateria, ele, mais uma vez, os surpreendeu. Levantou-se e fez um discurso que não apenas abalou os presentes, mas abala até hoje a psiquiatria e a psicologia modernas. Fez uma apologia sobre a saúde psíquica. Encorajou aos brados que todos os que têm sede de qualidade de vida viessem a ele e bebessem:

“Quem tem sede venha a mim e beba”.

Gritou para milhares de pessoas que quem bebesse da sua fonte teria uma fonte inesgotável dentro de si mesmo de felicidade e tranquilidade. Os soldados, ao ouvirem seu discurso, ficaram pasmados. Não conseguiram prendê-lo. Fascinados com sua sabedoria, foram embora de mãos vazias. Indagados pelos seus mandantes, disseram-lhes: “Nunca alguém falou como este homem!”

Eles ficaram assombrados com sua atitude. Viram um homem sereno na terra do ódio. Contemplaram um grande líder, um líder da sua própria emoção. Ele criava os motivos para ser feliz. Era livre para sentir.

Muitos têm motivos para se JESUS O MESTRE DA QUALIDADE DE VIDA alegrar, mas são tristes e ansiosos. Não passam por privações sociais, têm uma boa família, amigos, dinheiro para viajar, mas são especialistas em reclamar. Não governam sua emoção, são governados por ela. Uma emoção insatisfeita exige muito para ter pouco. Uma emoção saudável, como a de Jesus, faz muito do quase nada.

Ele agradecia a areia do deserto e as gotas do oásis. Enfrentando o caos da emoção: Jesus também atravessou o caos emocional. Logo antes de ser preso e morto, o jardineiro da vida estava no jardim do Getsêmani. Judas estava vindo com uma escolta de cerca de 300 soldados.

Nesse jardim, ele estava se preparando para suportar o insuportável. Ele teria de enfrentar, no dia seguinte, quatro julgamentos (na casa de Anás, Caifás, Herodes Antipas e Pilatos) e, por fim, a crucificação. Teria de suportar seu caos de maneira diferente de qualquer miserável que morrera crucificado. Teria de amar em vez de odiar, de perdoar em vez de condenar, de manter a serenidade em vez de ser controlado pela tensão.

Quem conseguiria ter tais características? Quem seria líder em tais situações? Como ele começou a se preparar?

Ele entrou no anfiteatro dos seus pensamentos e no território da sua emoção e começou a gerenciar suas reações. Reviu todas as possibilidades da sua dor. Seu pensamento acelerou-se, sua emoção deprimiu-se.

Para surpresa dos discípulos que o achavam imbatível, ele disse que sua alma estava profundamente angustiada até à morte. Os discípulos se abalaram mais ainda porque presenciaram seus sintomas psicossomáticos, como falta de ar e suor excessivo.

Teve um sintoma raríssimo, que só ocorre no topo do estresse, hematidrose, suor sanguinolento. Mas, no instante que o volume de tensão era enorme, ele se levantou. Saiu, deixou de ser vítima da sua miséria, entrou no palco da sua mente e assumiu o papel de diretor da sua inteligência.

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