OS 10 MANDAMENTOS DO CASAL
- Henrique Santos Filho

- 13 de out.
- 5 min de leitura
Os dez mandamentos do casal, ajuda a compreender que a felicidade nasce das
pequenas coisas. É mais fácil aprender com o erro dos outros do que com os próprios.

1. Nunca se irritar ao mesmo tempo
A todo custo evitar a explosão. Quanto mais a situação é complicada, tanto mais a calma é necessária. Então, será preciso que um dos dois acione o mecanismo que assegure a calma de ambos diante da situação conflitante. É preciso nos convencermos de que, na explosão, nada será feito de bom.
Todos sabemos bem quais são os frutos de uma explosão: apenas destroços, morte e tristeza. Portanto, jamais permitir que a explosão chegue a acontecer.
2. Nunca gritar um com o outro
A não ser que a casa esteja pegando fogo. Quem tem bons argumentos não precisa gritar. Quanto mais alguém grita, tanto menos é ouvido. Certa vez, alguém me disse: “se gritar resolvesse alguma coisa, porco nenhum morreria”. Gritar é próprio daquele que é fraco moralmente e precisa impor pelos gritos aquilo que não consegue pelos argumentos e pela razão.
3. Se alguém tiver de ganhar na discussão, deixe que seja o outro
Perder uma discussão pode ser um ato de inteligência e de amor. Dialogar jamais será discutir, pela simples razão de que a discussão pressupõe um vencedor e um derrotado, e no diálogo não. Portanto, se por descuido nosso, o diálogo se transformar em discussão, permita que o outro “vença” para que, mais rapidamente, ela termine. Discussão no casamento é sinônimo de “guerra”; uma luta inglória.
A vitória na guerra deveria ser comemorada com um funeral. Que vantagem há em se ganhar uma disputa contra aquele que é a nossa própria carne? É preciso que o casal tenha a determinação de não provocar brigas; não podemos nos esquecer de que basta uma pequena nuvem para esconder o sol.
Muitas vezes, uma pequena discussão esconde, por muitos dias, o sol da alegria no lar.
4. Se for inevitável chamar a atenção, fazê-lo com amor
A outra parte tem de entender que a crítica tem o objetivo de somar e não de dividir. Só tem sentido a crítica que for construtiva; e essa é amorosa, sem acusações e condenações. Antes de apontarmos um defeito, é sempre aconselhável apresentar duas qualidades do outro. Isso funciona como um anestésico para que se possa fazer o curativo sem dor. E reze pelo outro antes de abordá-lo em um problema difícil. Peça ao Senhor e a Nossa Senhora que preparem o coração dele para receber bem o que você
precisa dizer-lhe. Deus é o primeiro interessado na harmonia do casal.
5. Nunca jogar no rosto do outro os erros do passado
A pessoa é sempre maior que seus erros, e ninguém gosta de ser caracterizado por seus defeitos. Toda as vezes em que acusamos a pessoa por seus erros passados, estamos trazendo-os de volta e dificultando que ela se livre deles. Certamente. não é isso que queremos para a pessoa amada.
É preciso todo o cuidado para que isso não ocorra nos momentos de discussão. Nessas horas o melhor é manter a boca fechada. Aquele que estiver mais calmo, que for mais controlado, deverá ficar quieto e deixar o outro falar até que se acalme. Não revidar em palavras, senão a discussão aumenta e tudo de mau pode acontecer em termos de ressentimentos, mágoas e dolorosas feridas.
6. A displicência com qualquer pessoa é tolerável, menos com o cônjuge
Na vida a dois tudo pode e deve ser importante, pois a felicidade nasce das pequenas coisas. A falta de atenção para com o cônjuge é triste na vida do casal e demonstra desprezo para com o outro.
Seja atento ao que ele diz, aos seus problemas e aspirações.
7. Nunca ir dormir sem chegar a um acordo
Se isso não acontecer, no dia seguinte, o problema poderá ser bem maior.
Não se pode deixar acumular problema sobre problema sem solução. Já pensou
se você usasse a mesma leiteira que já usou no dia anterior para ferver o leite, sem
antes lavá-la? O leite certamente azedaria. O mesmo acontece quando acordamos
sem resolver os conflitos de ontem. Os problemas da vida conjugal são normais e
exigem de nós atenção e coragem para enfrentá-los, até que sejam solucionados
com o nosso trabalho e com a graça de Deus. A atitude da avestruz, da fuga, é a pior
que existe. Com paz e perseverança busquemos a solução.
8. Pelo menos, uma vez ao dia, dizer ao outro uma palavra carinhosa
Muitos têm reservas enormes de ternura, mas se esquecem de expressá-las
em voz alta. Não basta amar o outro, é preciso dizer isso também com palavras.
Especialmente para as mulheres, isso tem um efeito quase mágico. É um tônico que
muda completamente o seu estado de ânimo, humor e bem-estar. Muitos homens
têm dificuldade nesse ponto; alguns por problemas de educação, mas a maioria
porque ainda não se deu conta da sua importância. Como são importantes essas expressões de carinho que fazem o outro crescer: “Eu te amo!”; “Você é muito importante para mim”; “Sem você eu não teria conseguido vencer este problema”; “A sua presença é importante para mim”; “Suas palavras me ajudam a viver”... Diga isso ao
outro com toda sinceridade, todas as vezes em que experimentar o auxílio edificante
dele.
9. Ao cometer um erro, saber admiti-lo e pedir desculpas
Admitir um erro não é humilhação. A pessoa que admite o seu erro demonstra
ser honesta consigo e com o outro. Quando erramos não temos duas alternativas honestas, apenas uma: reconhecer o erro, pedir perdão e procurar remediar o que fizemos de errado, com o propósito de não repeti-lo. Isso é ser humilde. Agindo assim, mesmo os nossos erros e quedas serão alavancas para o nosso amadurecimento e
crescimento. Quando temos a coragem de pedir perdão, vencendo o nosso orgulho,
eliminamos, quase de vez, o motivo do conflito no relacionamento e a paz retorna
aos corações. É nobre pedir perdão!
10. Quando um não quer, dois não brigam
É a sabedoria popular que ensina isso. Será preciso, então, que alguém tome
a iniciativa de quebrar o ciclo pernicioso que leva à briga. Tomar essa iniciativa será
sempre um gesto de grandeza, maturidade e amor. E a melhor maneira será não “pôr
lenha na fogueira”, isto é, não alimentar a discussão. Muitas vezes é pelo silêncio
de um que a calma retorna ao coração do outro. Outras vezes, será por um abraço
carinhoso ou por uma palavra amiga. Todos nós temos a necessidade de um “bode expiatório” quando algo adverso nos ocorre. Quase que, inconscientemente, queremos, como se diz, “pegar alguém para Cristo”, a fim de desabafar as nossas mágoas
e tensões. Isso é um mecanismo de compensação psicológica que age em todos
nós nas horas amargas, mas é um grande perigo à vida familiar. Quantas e quantas
vezes acabam “pagando o pato” as pessoas que nada têm a ver com o problema que
nos afetou. Algumas vezes são os filhos que apanham do pai que chega em casa
nervoso e cansado; outras vezes é a esposa ou o marido que recebe do outro uma
enxurrada de lamentações, reclamações e ofensas, sem quase nada ter a ver com o
problema em si.
Temos de nos vigiar e policiar nessas horas para não permitir que o sangue quente nas veias gere uma série de injustiças com os outros. E temos de tomar redobrada atenção com os familiares, pois, normalmente são eles que sofrem as consequências de nossos desatinos. No serviço, e fora de casa, respeitamos as pessoas, o chefe, a secretária etc., mas, em casa, onde somos “familiares”, o desrespeito acaba acontecendo. Exatamente onde estão os nossos entes mais queridos, no lar, é ali que, injustamente, descarregamos as paixões e o nervosismo. É preciso toda a atenção e vigilância para que isso não aconteça.















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