Celebramos dia 29 deste mês São Pedro e São Paulo. Duas figuras bíblicas muito diferentes, a Igreja ao unir numa só celebração, pretende manifestar a obra que Deus realizou através deles. Pedro e Paulo, completamente diferentes na formação pessoal.
Pedro era pescador, sem nenhuma preparação, sem nenhum estudo, mas teimoso e sincero. Paulo já era um homem intelectual, estudou na escola rabínica, onde se envolveu no estudo profundo da Lei. Pedro com sua simplicidade e espontaneidade e Paulo com sua agudeza intelectual, constroem a única Igreja, nada do que é humano foi perdido, mas habituado no ensinamento de Jesus, cada um seguiu Jesus à sua maneira e por isso, eles foram considerados como as colunas da Igreja.
Eles são duas referências permanentes e são exemplos de fé, no seguimento de Jesus Cristo. Sempre fiéis ao Senhor, os dois ao final entregam a própria vida como testemunhas de Jesus Cristo. A fé cristã em Deus, que é uno e trino, aparece como o primeiro fundamento para acolher a diferença. O modo simples, natural e verdadeiro de ser e viver de Jesus também nos motiva a sair de nós mesmos para acolher o outro na diferença. Será que unimos forças com irmãos que são diferentes de nós? A festa Pedro e Paulo se apresenta como um aproveito favorecido para aprofundar o sentido da “diferença” no interior de nossos pastorais, ministérios, comunidades e na convivência social.
Estamos inseridos num contexto religioso e social carregado de muita intolerância e indiferença, onde prevalece o medo diante de quem é diferente.
Ser cristão é saber ouvir, ver e amar como Jesus nos ensina o tempo todo através da Palavra, devemos ser abertos, acolhedor da diferença, sensível à diversidade, afinal, somos humanos, seres em caminho, buscadores de sentido, da verdade e habitados pelo mesmo Deus, o que ama e é piedoso.
A diversidade, nosso modo de ser, nos permite enriquecer-nos, adquirir mais humanidade. As diferenças reais e ao ser humano, é modo de pensar, de dizer, de trabalhar, de existir e de conviver, quando vivemos as diferenças nos tornamos, mais dinâmicos; portanto o tesouro está precisamente em sua diversidade. Precisamos aprender a ver o melhor de cada pessoa e de cada povo, superando as visões estreitas e as intolerâncias de todo tipo de racismo, xenofobia, desprezo, preconceito, dominação.
Saber conviver com as diferenças é sinal de maturidade. As diferenças de raça, cultura, religião, supera o marasmo, a mesmice e oferece a criatividade de muitas formas.
A harmonia e a comunhão profunda entre as pessoas estão na diversidade das diferenças, não na repetição mecânica sem apoio da criatividade e riqueza do outro.
Deus é perfeito e nos fez capaz de ser pessoas de bem, nós temos temperamentos um diferente do outro, mas todos têm sua qualidade e difere do outro.
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