ÂNIMO! EU VENCI O MUNDO
- Henrique Santos Filho
- 25 de ago.
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A angústia é uma realidade que atravessa a vida de todos nós. Ela surge diante das incertezas, das perdas, das crises e, muitas vezes, parece nos sufocar. Contudo, a Palavra de Deus nos mostra que a angústia, quando entregue ao Senhor, pode se transformar em oração, confiança e esperança.

Desde os tempos antigos, homens e mulheres de fé expressaram sua dor diante de Deus. O rei Davi, no Salmo 25, abre o coração e clama: “Olha para mim e tem piedade de mim, porque estou solitário e aflito.”
Em meio à solidão e ao sofrimento, ele não esconde suas fraquezas, mas as apresenta ao Senhor, buscando consolo.
Jeremias, conhecido por sua sensibilidade e lágrimas, descreve sua dor em Lamentações 3,19-20: “Lembra-te da minha aflição e do meu pranto... minha alma continuamente os recorda, e se abate dentro de mim.” Mas logo depois, ele recorda a fidelidade divina e declara: “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque não têm fim” (Lm 3,22).
Sua dor é real, mas sua esperança é maior.
No Novo Testamento, vemos Jesus no Getsêmani, imerso em profunda agonia. O evangelista Lucas relata que Seu suor tornou-se como gotas de sangue (Lc 22,44).
Mesmo diante da cruz, Ele se entrega totalmente ao Pai. Seu exemplo nos ensina que, na hora da maior angústia, a oração é o caminho que fortalece e sustenta.
O apóstolo Paulo também partilha de sua própria fragilidade. Em 2 Coríntios 1,8-9, confessa que passou por tribulações tão intensas que chegou a desesperar da própria vida. Mas compreendeu que, em meio à fraqueza, Deus o ensinava a confiar não em si mesmo, mas n’Aquele que tem poder até de ressuscitar os mortos.
Além dos testemunhos, a Escritura nos dá promessas firmes. O Salmo 34 garante: “O Senhor está perto dos que têm o coração quebrantado.” E Jesus, em João 16,33, nos conforta: “No mundo tereis aflições, mas tende coragem: eu venci o mundo.”
Assim, aprendemos que a angústia, embora dolorosa, pode nos aproximar mais de Deus. Ele não ignora nossas lágrimas, mas caminha conosco em meio a elas. Como cristãos, somos convidados a transformar nossa aflição em confiança, nosso choro em oração e nossa dor em esperança.
Que nunca nos esqueçamos: “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia” (Sl 46,1).
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