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Foto do escritorHenrique Santos Filho

A FOBIA - QUANDO O MEDO É UMA DOENÇA - parte iv

O sentimento do medo é, como vimos, tão antigo como o mundo e embora seja uma situação desconfortável , sentir medo faz parte da natureza humana.


Foto: https://blog.psicologiaviva.com.br/wp-content/uploads/2020/04/fobia-social-e-medo-780x470.jpg

Todavia, sentir um medo exagerado, sem explicação racional, não é normal. Quando o medo que você sente é muito grande e desproporcional à ameaça que você “pressente” , chamamos a isso de “FOBIA”.

A “FOBIA” é um medo tão exagerado que mexe com o nosso corpo, provocando sintomas físicos que incomodam muito a pessoa , como por exemplo:

· a boca seca,

· um exagerado tremor em todo o corpo;

· a impossibilidade de se locomover.

São reações, a que se sujeitam, os que são acometidos de medo exagerado.

Basicamente podemos classificar a FOBIA em

três tipos :

1 – AGORAFOBIA - (palavra que significa medo da ágora)

Nome muito antigo, que significa “as praças de mercado” . Esse sentimento caracteriza-se por um medo generalizado de lugares ou situações aonde possa ser difícil ou embaraçoso escapar, ou então, aonde o auxílio pode não estar disponível.

Isso inclui estar fora de casa desacompanhado, no meio de multidões ou preso numa fila, ou ainda viajar desacompanhado. Esse tipo de fobia é bastante comum.

2 - FOBIA SOCIAL

Esse é o tipo de sentimento dos que têm medo acentuado e persistente de “passar vergonha” na frente dos outros, muitas vezes por temor de que, as outras pessoas percebam seus sinais de ansiedade.

Algumas vezes esse tipo de sentimento pode ser específico e se manifesta por exemplo:

· ao assinar cheques;

· escrever na frente de pessoas;

· ou então , quando a pessoa é convidada a participar de pequenos grupos, iniciar ou manter conversação, ter encontros românticos, falar com autoridades, etc.


3 – FOBIAS ESPECÍFICAS

Ocasião em que o medo é muito acentuado e, de certa forma, “localizado”, e persiste na presença - (ou na simples antecipação) de coisas como:

· voar de avião,

· tomar injeção,

· ver sangue, a

· altura,

· ou ainda o medo específico de elevador,

· ou permanecer em locais fechados como túneis,

· ou enfrentar um congestionamento.

Já que as FOBIAS são um “pânico com objeto”, ou seja, crises de pânico que somente acontecem em situações ou lugares específicos, é importante entender como uma crise de pânico é formada.

Para isso, é interessante comparar sua cabeça com um carro que possui um alarme contra ladrões, desses que basta você encostar na carroceria para o alarme disparar.

Esse sistema de alarme é o cérebro , em especial o sistema límbico , com suas reações de luta ou fuga.

Nota - Sistema LÍMBICO é o conjunto de órgãos dos mesmos tecidos e que desempenham funções semelhantes.

Esse alarme tem que tocar em situações de perigo real.

No entanto, para certas pessoas, esse sinal de perigo é desencadeado, é disparado, sem nenhuma razão aparente, como você talvez já tenha visto em estacionamentos, quando um alarme de carro dispara sem que nada tenha acontecido.

Essa situação é conhecida como ataque de pânico.

Para outras pessoas, esse alarme é disparado em situações indevidas, como por exemplo: em elevadores, lugares fechados, ou no trânsito, situações conhecidas como “fobia”.

A síndrome do pânico é uma mistura dessas duas situações.

1- Numa primeira fase quem tem a síndrome do pânico, tem ataques sem motivo algum.

2- E numa segunda fase, passa a ter os mesmos sintomas nas situações ou lugares em que já teve os ataques . Assim, se a pessoa tem um ataque dentro de um carro, passa a evitar dirigir sozinha, ou não dirige mais.

Se foi num lugar fechado, passa a não entrar em bancos, shopping, cinemas, teatros. Ou se entra, procura ficar bem próximo da saída...

E, para muitos, o simples fato de pensar, lembrar ou ver uma imagem da situação , já é o bastante para desencadear a crise.

Quem sofre de “FOBIA”, ao se deparar, ou às vezes simplesmente imaginar., com as situações que desencadeiam suas crises, sente um enorme medo, em geral, acompanhado de pelo menos quatro dos seguintes sintomas :

· falta de ar

· palpitações

· dor

· ou desconforto no peito

· sensação de falta de realidade

· formigamento

· onda de calor ou de frio

· sudorese – (secreção – suor – transpiração )

· sensação de desmaio, tremores ou sacudidelas

· medo de morrer ou de enlouquecer ou de perder o controle.

O que diferencia em grande parte alguém que tenha “Fobia” de uma pessoa que tenha simples medo, é que, pessoas fóbicas passam a evitar a qualquer custo as situações que desencadeiam as crises, (que preparam suas crises ) e por isso alteram sua rotina de vida.

Pacientes fóbicos com frequência têm suas vidas complicadas por dois fatores.

1- O primeiro é que em geral não confiam na sua capacidade de enfrentar os sintomas., temendo qualquer lugar aonde não possam contar com ajuda.

2- E o segundo é que costumam super valorizar os sintomas., achando literalmente que vão morrer , que vão ter um ataque do coração, um derrame, ou que possuem alguma doença grave ou misteriosa.

A maior consequência da primeira complicação - (a falta de confiança nos próprios recursos) -

· é um isolamento progressivo ,

· um empobrecimento de vida que impede a maioria das ações do dia-a-dia.

E a maior consequência da segunda complicação - (a catastrofe dos sintomas )

É uma eterna busca por cuidados médicos ao mesmo tempo em que pequenos sinais de corpo já são interpretados como indícios de que a crise está vindo, de que a morte pode chegar a qualquer momento.

Até a década de 50, imperava a teoria psicanalítica das neuroses. Em poucas palavras, um sintoma psíquico era considerado como a ponta de um iceberg.

De nada adiantaria retirar essa “ponta” que o gelo iria subir, e os sintomas iriam reaparecer.

O tratamento, portanto, consistia em destruir, ou melhor, reestruturar, todo o iceberg, o que somente seria possível com anos de análise.

O resultado prático sempre ficou bem abaixo das expectativas.

Na década de 50 surgem os primeiros trabalhos do psiquiatra, com um processo de inibição reciproca, posteriormente denominado Técnica de dessensibilização sistemática, baseado em trabalhos da década de 20.

Começou-se a tratar pacientes com fobias associando uma sensação de prazer e relaxamento a situações imaginárias ou reais de medo e evitação.

Como o relaxamento é incompatível com o medo, pois este gera um endurecimento, uma paralisia, a fobia tende a desaparecer em pouco tempo.

Por que motivo uma pessoa desenvolve uma “FOBIA” ? .

Vários neurocientistas, acreditam que fatores neuro-fisiológicos estejam francamente ligados, por exemplo: encontrou-se um aumento de fluxo sanguíneo e maior metabolismo no lado direito do cérebro de pacientes fóbicos.

Não podemos nos esquecer, todavia, que o ser humano chega ao crescimento emocional na medida em que desenvolve em si mesmo, a sua capacidade de recepção , isto é, na medida em que sai de si mesmo para amadurecer e aceita substituir certos comportamentos e reações infantis.

De modo algum o ser humano nasce feito, mas se “faz” Pois bem, aquilo que faz o ser humano é essencialmente “O AMOR”, e isto se dá, no nível da totalidade do ser humano.

Assim, podemos agora tomar Sagrada Escritura par observar o que o Senhor nos indica como caminho de libertação; ( aqui colocar citações e orações).


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