Seja qual for a posição em que alguém se encontre, uma coisa é certa: crise sugere ação porque há mudanças que estão em curso, queiramos ou não.
Estamos em crise. É o que afirmam os noticiários, com base nos principais índices da economia brasileira.
Em geral, com uma conotação negativa ou de perigo, o que sugere medo. E tem sido assim desde sempre, que eu me lembre. Portanto, já temos um MBA de primeiríssima grandeza na tal da crise.
Uma vantagem e tanto para lidar com a situação quando ela se repete, não é mesmo? Ao consultar o dicionário Aurélio, a palavra “crise” é apresentada como “alteração de estado, melhora ou piora, ruptura de equilíbrio, prosperidade e depressão”, entre outras, conforme o contexto em que é empregada.
Tendo como ponto em comum o sentido de “passagem” de uma situação para outra. Logo, estar em crise não significa algo ruim necessariamente.
O que indica é que há uma tendência de mudança do estado atual. Notícia alvissareira para quem busca oportunidades, não é verdade? Também é um convite de alerta total para os que estão satisfeitos com os resultados atuais, e trabalham para manter sua posição. E um claro aviso de “mude já” para as pessoas e empresas que pensam que podem permanecer “deitadas eternamente em berço esplêndido”, acomodadas que estão.
Seja qual for a posição em que alguém se encontre, em minha opinião, uma coisa é certa: crise sugere ação porque há mudanças que estão em curso, queiramos ou não.
E aqueles que souberem ajustar as velas do seu barco de acordo com a direção dos novos ventos, ao invés de terem dificuldades de navegação, ganharão força motriz extra para chegar ao seu destino.
O que significa maior velocidade para superar os desafios e crescer, subir na carreira, ganhar espaço no mercado, faturar mais, etc...
Isso para os que têm objetivos claramente definidos, naturalmente. Pois, para quem não sabe onde quer ir, aumentar a velocidade significaria apenas chegar mais rápido a lugar nenhum. Algo como se formar médico tendo vocação para astronauta.
Talvez, isso explique parte importante do porquê do medo provocado pelos cenários de crise. Afinal de contas é lugar comum alguém sentir-se inseguro ante o desconhecido, ainda mais se navega sem rumo e a turbulência aumenta!
Certamente, as mudanças decorrentes da crise são tão mais imprevisíveis quanto menor o planejamento da vida das empresas e pessoas. E é justamente aí que reside a solução.
Para alguém capitalizar os aspectos positivos dos cenários de crise, o primeiro passo é abrir a carta náutica da sua vida e decidir qual será o destino da viagem, a rota que vai seguir, os portos em que irá ancorar, os lugares que deseja conhecer, os produtos que irá levar e trazer, as pessoas com as quais vai conviver, o bem que fará, a riqueza que vai gerar, enfim, a sua razão de existir e trabalhar.
Isso é motivador, não é mesmo?
Assim, o medo negativo cede espaço para a adrenalina positiva. Não que os riscos estejam eliminados, em absoluto. Eles fazem parte da suprema aventura que é a vida.
Mas, quando alguém faz o que foi sugerido a pouco, assume o controle do leme da sua embarcação e os perigos ficam minimizados pelo planejamento executado.
Assim, enquanto outros param, se perdem ou naufragam, alguém singra os mares com as velas cheias, célere, confiante e orgulhoso. E não é pra menos!
Porque inspira o melhor nas pessoas, lidera pelo exemplo, supera os desafios e faz acontecer.
Felizmente, tem muita gente assim. As provas estão por todos os lados, ilhando as crises. Seus feitos também são notícia, da medicina, nas artes, tecnologia, educação, esportes, cultura, saúde pública, lazer, nas ciências, comunicação, no comércio, na indústria, no saber e outras áreas mais que tornam melhor o nosso viver.
Olhe ao redor com olhos críticos e observe bem. Na verdade, a maioria dos realizadores não são famosos, nem fazem questão de ser. Podem ter muito dinheiro, ou não. Mas são facilmente reconhecidos. São pessoas felizes, cuja vida tem direção e propósito.
Você já é uma delas? Se não é, acredito que ainda virá a ser.
Então, que venham as crises!
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