“Nos últimos dias haverá um período difícil. Os homens se tornarão egoístas, avarentos, fanfarrões, soberbos, rebeldes aos pais, ingratos, malvados, desalmados, desleais, caluniadores, devassos, cruéis, inimigos dos bons” (II Tm. 3).
A ingratidão é considerada pelos maiores estudiosos do mundo, a mais terrível, inatural e maléfica atitude de um ser humano. A gratidão é uma força pessoal. Ela faz parte da Virtude “Transcendência” que mostra conexão com algo maior que nós mesmos. E infelizmente, encontramos mais ingratidão que gratidão. Todos nós temos certamente, vários episódios de ingratidão para conosco. A pessoa ingrata não reconhece o que fazemos por elas.
Pelo contrário, ao conquistar o que desejava, parece fazer questão de apagar a página da vida onde consta o nosso auxílio quando mais precisou. E faz de conta que ninguém a ajudou a alcançar o sucesso. E uma das razões pelas quais as pessoas odeiam umas
às outras é o fato de não serem reconhecidas nem valorizadas pelos seus empenhos e esforços.
São várias as consequências negativas da ingratidão. Ela causa uma dor emocional e psicológica imensa. Nossa autoestima fica abalada, ficamos arrasados, como se não
tivéssemos valor e significássemos nada para aquela pessoa.
Sentimo-nos usados e tolos; desapoiados e desrespeitados.
Jesus experimentou isso quando realizou a cura de dez leprosos. A ingratidão entristece, rasga e fere o Coração de Deus, e temos na Bíblia esse exemplo clássico disto: Jesus cura 10 leprosos e apenas 1 volta para AGRADECER (Lc 17,13ss).
Pensem quantas pessoas Deus permite que nasçam (dá fôlego de vida), quantas pessoas Ele dá livramentos, curas e vitórias, e quantas dessas voltam para Agradecer?
Pois é, basicamente 1 em 10, aí vemos a natureza ingrata do ser humano. Percebe-se que, junto com a ingratidão vem o egoísmo. E junto com o egoísmo vem a distância de Deus.
Foi o filósofo Aristóteles quem disse que “a gratidão é a memória do coração”. Se isso é verdade, não é difícil compreendermos, então, que a gratidão está para a memória, assim como a ingratidão está para a amnésia, para o esquecimento.
Daí concluímos logo de imediato que ingrato é aquele que esquece com facilidade um favor recebido, um benefício alcançado. Jesus sofreu todo tipo de dor (Lc 23,26): a dor do corpo, a da humilhação, a do abandono, a da traição, a da negação. Dor em cima
de dor.
Mas acredito que uma das dores que mais doeram nele foi a da ingratidão. Ele estava ali, entregando-se pela humanidade, oferecendo-se em sacrifício pelo pecado do mundo, mas aqueles por quem ele se deu não lhe agradeceram nem o reverenciaram; pelo contrário, viraram-lhe as costas, cuspiram em seu rosto, esbofetearam sua dignidade, zombaram de seu sofrimento, rasgaram sua carne, conduziram sua alma a uma tristeza mortal.
Não demonstraram um pingo sequer de agradecimento. E essa, a dor da ingratidão, é uma das dores mais dolorosas que há. Deus nos ama, sente tanta saudades de nós, que se valer de qualquer situação para atrair-nos de volta. Esse não é o único caminho, mas pode ser um deles.
Se você está sofrendo de amnésia – esquecimento -para com os bens do Senhor em sua vida, peça a Ele que o cure e restaure nos seus lábios um hino de louvor ao Seu eterno nome. A Ele, somente a Ele, sejam dadas toda a honra, toda a glória e todo o louvor. Façamos deste tempo, tempo de gratidão a Deus aos irmãos que pouco ou muito nos ajudam a crescer na fé.
Mesmo na mais profunda dor Jesus disse: “pai perdoa-lhes pois não sabem o que fazem”, e VIVE no meio de nós para nossa salvação eterna.
A terrível dor da INGRATIDÃO.
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