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Foto do escritorHenrique Santos Filho

A VOCAÇÃO MATRIMONIAL

Toda pessoa tem uma vocação, isto é, um chamado de Deus para se realizar e ser feliz, no conjunto dos viventes. E não uma vocação qualquer, mas vocação ao amor e à santidade.

Deus não chama uns para a perfeição e outros para a mediocridade. O que Deus faz é sempre perfeito. Vive-se num contexto social de muitas "éticas" até conflitantes. As desculpas são muitas para não se seguir valores inerentes à natureza e a verdades objetivas.

A título de ser moderno ou não retrógrado passa-se, não raro, por cima da verdade e do direito em função do modismo ou da satisfação pessoal. Compromissos com valores da dignidade humana, da família, do sexo, do respeito aos indefesos, do meio ambiente e do bem comum ficam para os que são formados e assumem a altivez de caráter como valor acima de outros interesses; o que deveria ser para todos.

Na ordem afetiva, sentimental e sexual se fica muito à mercê da propaganda e dos desejos impulsionados pela libido e pelos sentidos.

Tais desejos nem sempre são canalizados por valores que orientam a pessoa à construção da felicidade como união do prazer momentâneo e aquele da realização de um ideal de vida.

Fixando-se mais no animalesco do que no sentido da vida plenificado com valores éticos, morais e sociais, a pessoa está sujeita à irracionalidade do uso e da busca do prazer momentâneo como sendo isto absoluto.

Nessa direção, a pessoa se torna insaciável e não encontra no prazer momentâneo um sentido mais elevado e realizador da vida. Para quem tem fé, o matrimônio também é vocação: um chamado de Deus ao dom de si no amor recíproco e aberto à vida.

Quem não tem fé, não tem como sentir-se chamado, pois desconhece o interlocutor divino que o chama nem tem a quem responder, mas na fé, todo homem sente-se chamado por Deus a um caminho e a uma plenitude que só ele pode dar.

"Não é bom para o homem ficar só", disse Deus, nem é bom para a mulher (Gn 2,18-25). "Façamos o homem a nossa imagem e semelhança" - e os fez homem e mulher; em seguida os abençoou (Gn 1,26-28).

O casal humano nasce dessa bênção original. E nasce com a vocação de formar uma comunhão de vida no amor, seja para amparo mútuo, seja para sobrevivência da espécie humana. A serviço desse amor mútuo do casal está o sacramento do matrimônio.

O amor do homem à sua esposa, e o amor da mulher ao seu marido deveriam ser tais que pudessem lembrar o amor imenso e gratuito que Deus oferece a cada pessoa e a humanidade inteira. Sobretudo deveria lembrar o amor de Cristo por sua Igreja. Igreja que tem sua dimensão doméstica em cada lar: a Igreja doméstica.

O casal humano torna-se o berço da vida e da família. E esta constitui a célula fundamental da sociedade. Deus confia ao casal o cuidado desse milagre que se chama Vida - a vida indefesa e nascente de cada pessoa. Nesse clima de amor e cuidado, a pessoa pode nascer, crescer e firmar-se.

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