Fabricamos uma ilusão e a abraçou com toda a alma, e ela se desfez, produzindo uma espécie de desorientação, o despertar amargo de quem estava abraçado com uma “sombra”.
1- DESGOSTO
Nos tempos modernos que estamos vivendo, na pressa de todos em alcançar sucesso, acompanhar a evolução e a tecnologia, estamos numa “guerra” que abate nossa mente com excessivas preocupações, que podemos chamar de “inferno”. Inferno quer dizer sem sadia, e onde não há saída, há angustia
O sofrimento humano é na maioria, produto de nossa mente.
Somos nós mesmos que produzimos os desgostos. Quando existem fatos que tiram nosso prestigio, nos afastam de nosso ideal, deveria ficar ancorado no espaço e no tempo, deixado para traz. Se jogarmos para o passado estes acontecimentos e os esquecermos, eles não existirão mais.
Mas, muitas das vezes somos nós que refazemos toda a cadeia de desgraça e começamos a lembrar tudo que aconteceu, remexendo e revirando na mente tudo isso, como se estivesse acabado de acontecer.
Depois ficamos furiosos, com raiva e vergonha, como se estivesse no circulo de fogo.... e é aí que o fato do passado, transforma-se em desgosto.
É portanto nós que estamos transformando um acontecimento da “história” passada em desgosto.
2- FRACASSO
O fracasso é um grande motivo de abatimento. Também um produto mental. Por exemplo: “Você tinha um projeto e calculava que o plano ia dar cem por cento. Quando acabou percebeu que não passou de cinquenta por cento”
Foi um resultado negativo, ou só foi inferior às suas previsões.
Sem perceber ficamos frustrados e feridos pelo amor-próprio, nosso coração começa a resistir mentalmente, rejeitar o resultado inferior ao que nós esperávamos.
Aí o resultado negativo, converteu-se em fracasso.
Onde está o erro ? Ele se encontra em termos mirado alto demais, nos iludindo que dava para alcançar o que planejamos ?
NÃO ! – o erro está em termos nos fixado só no sucesso. Entre nós e o sucesso estabeleceu-se uma função possessiva.
Muitas vezes forjamos em sonhos uma imagem dourada, identificamo-nos com ela, e agora a construção de nossa mente, desmoronou. Desilusão quer dizer que uma ilusão de desfaz e se perde.
Fabricamos uma ilusão e a abraçou com toda a alma, e ela se desfez, produzindo uma espécie de desorientação, o despertar amargo de quem estava abraçado com uma “sombra”.
O fracasso nasce e vive em nossa mente, na medida em que nós rejeitamos o resultado. A partir desse momento, o fracasso começa a pressionar ou pelo menos nos sentimos que ele pressiona.
Quando mais sentirmos esta pressão, mais há resistência e quando mais resistimos, mais a pressão do fracasso torna-se acelerado e opressiva.
Assim fechado neste circulo vicioso, mortífero e fatal, você pode chegar a ser vitima de profundas perturbações na sua personalidade.
É importante perceber que não é o fracasso que TE prende, mas você mesmo. O problema do fracasso está em você. Que é que se pode então fazer ?
É preciso distinguir duas coisas: o esforço e o resultado.
O esforço depende de você o resultado não.
No que depende de você, você tem que estar na luta com todas as armas e todos os meios ao seu alcance:
· sua experiência de vida;
· a colaboração dos outros;
· o sentido comum;
· a lei da proporcionalidade;
· o idealismo;
· o entusiasmo;
· a discrição ...
Num campo de “batalha”, o estrategista não pode descuidar nenhum detalhe; de um pequeno imprevisto pode depender uma derrota.
Do mesmo jeito, em cada projeto de sua vida, depois de se propor uma meta, você tem que por em movimento, com firmeza, todos os meios de que dispuser para alcançar essa meta. Deve haver paixão. Mas também deve haver PAZ
O “pecado” aqui, consiste em estabelecer uma atadura ADESIVA e AFETIVA entre seu coração e o resultado daquele projeto.
Você corre o risco que consiste não em que o suposto resultado seja brilhante, mas em ter-se apropriado dele antes do tempo, além de todo o resto é ilusão.
Por causa desta apropriação, se o resultado for “inferior” ao que imaginamos, ficamos com a impressão que fomos “roubados”. Que nos tiraram algo que já imaginávamos ser nosso. O mal está nessa apropriação.
Quando sentimos assim ameaçados, surge o “temor”, que não outra coisa senão a alteração defensivas-agressivas, desencadeadas para defender a propriedade. E nesta caso chama-se: TEMOR DE PREOCUPAÇÃO.
A preocupação com os resultados vai “queimando” nossas forças psíquicas.
Não dá para dormir bem quando a gente fica atormentado pela duvida: “como vai ser ?” – Quem está agoniado por uma reocupação, também não se alimenta direito e as tensões impedem o bom funcionamento do sistema digestivo, principalmente os intestinos.
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