ESPIRITUALIDADE NO NATAL
- Henrique Santos Filho
- 24 de dez. de 2018
- 3 min de leitura
Atualizado: 12 de fev. de 2019
Afinal como teve início o Natal? Natal ou Dia de Natal é um feriado e festival religioso cristão comemorado anualmente em 25 de dezembro (nos países eslavos e ortodoxos, cujos calendários eram baseados no calendário juliano, o Natal é comemorado no dia 7 de janeiro).

A data é o centro das festas de fim de ano e da temporada de férias, sendo, no cristianismo, o marco inicial do Ciclo do Natal, que dura doze dias.Originalmente destinada a celebrar o nascimento anual do Deus Sol no solstício de inverno (natalis invicti Solis), a festividade foi resinificada pela Igreja Católica no século III para estimular a conversão dos povos pagãos sob o domínio do Império Romanoe então passou a comemorar o nascimento de Jesus de Nazaré.Embora tradicionalmente seja um dia santificado cristão, o Natal é amplamente comemorado por muitos não-cristãos,sendo que alguns de seus costumes populares e temas comemorativos têm origens pré-cristãs ou seculares. Costumes populares modernos típicos do feriado incluem a troca de presentes e cartões, a Ceia de Natal, músicas natalinas, festas de igreja, uma refeição especial e a exibição de decorações diferentes; incluindo as árvores de Natal, pisca-piscas e guirlandas, visco, presépios e ilex.
O Natal se torna uma realidade concreta em nossa vida quando somos capazes de sair do nosso pequeno mundo e irmos ao encontro do mundo maior, o de cada pessoa que precisa de nossos gestos de atenção e de nosso carinho.
O clima de Natal aponta para a espiritualidade do pequeno, do encarnado, do encontro, da solidariedade, da luz e do amor. Tanto Nazaré como Belém eram tão pequenas, inexpressivas, que jamais se podia imaginar vir de lá alguém que mudaria os rumos da História. O povo se surpreende: “De onde lhe vem isto? ’ – diziam. ‘Que sabedoria é esta que lhe foi dada? ’” (Mc 6,2).Espiritualidade encarnada, Jesus Cristo, o filho de Deus, torna-se um de nós; é o Deus-conosco. Podemos vê-lo face a face. É o filho de Maria e José. Tem até profissão! “Não é ele o carpinteiro? ” (Mc 6,3). A partir dele, para se “ver” e encontrar Deus, não é preciso esperar o “fim dos tempos”. Ele está no caminho, nos pequenos, nas crianças.O Natal propõe uma espiritualidade encarnada. O evangelista Lucas, no capítulo 2, narrando o nascimento de Jesus, faz-nos compreender isto apontando atitudes como tiveram os pastores ao encontrar o recém-nascido em Belém, atitudes de escuta e de percepção dos sinais de Deus. Sentiram-se envolvidos por Deus: “A glória do Senhor os envolveu de luz”. Foi nos campos onde guardavam os rebanhos, que ouviram a boa notícia; “Nasceu para nós o Salvador”. Os pastores acolhem o anúncio e acreditam no sinal: “Encontrareis um recém-nascido, envolto em faixas e deitado numa manjedoura”.Outra atitude, aparentemente singela, mas tão importante como a anterior, na espiritualidade do Natal, é a comunitária. Diz Lucas: “Os pastores disseram uns aos outros: ‘Vamos a Belém, para ver a realização desta palavra que o Senhor nos deu a conhecer’”. Para encontrar Jesus é preciso seguir um caminho. Por este caminho, os pastores foram “às pressas”. Então, aparece mais um elemento da espiritualidade deste tempo: o encontro. “Encontraram Maria e José, e o recém-nascido deitado na manjedoura. ” Neste encontro, o clima é de partilha, solidariedade, alegria e festa. “Contaram as palavras que lhes tinham sido ditas a respeito do Menino. Todos os que ouviram os pastores ficavam admirados.Para encontrar Jesus, é preciso ultrapassar fronteiras, romper limites, ir além do poder, ser missionário. É preciso ter olhos para ver a estrela de Jesus e partir. Foi o que fizeram os magos do Oriente. Eles foram e viram o Menino. “Sentiram uma alegria muito grande” (Mt 2, 10). O outro rei, Herodes, ficou aguardando informações, cultivando maus desejos no coração; destruir o pequeno rei dos Judeus, com quem temia a disputa do poder. Os poderosos não têm tempo para homenagens a um recém-nascido, não têm tempo para Deus, não enxergam a estrela.E você querido irmão ou irmã consegue enxergar a Estrela? Consegue ouvir a voz dos Anjos? Ou o seu “natal” se resume numa grande “ceia” recheada de presentes, chocolates, amigos e até “bebedeiras”? O “aniversariante” é Jesus e a Grande festa é para Ele. Você pode fazer sua festa em família para comemorar o seu nascimento, mas, jamais esquecer de ir à Igreja para louvá-lo com a comunidade local ou ter momentos de oração de gratidão e jamais pode deixar de se lembrar de alguém faminto que irá dormir com fome ou abandonado nas ruas, hospitais, asilos, orfanatos ou mesmo os idosos em suas casas.Pense com muito amor e faça algo diferente neste NATAL. Que tal você ir cear na casa de uma família humilde, partilhar com ela seus alimentos, tua fé e teus presentes?
Um Santo Natal de JESUS a todos!
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