Falar mal dos outros é um hábito infeliz, que vem se banalizando. Acontece todo o dia a troca de nada.
Hoje com a redes sociais, qualquer pessoa pode se tornar alvo da maldade dos outros, exposta a alguém que posta o que quiser a seu respeito sem que ela possa se defender. Pode ser uma fotografia, um comentário ou um vídeo e pior, PODE SER MENTIRA.
São cada vez maiores o número daqueles que criticam o que os outros tem ou não tem, o que fizeram ou não fizeram, seus sucessos ou fracassos.
Para justificar as críticas começam dizendo “gosto muito dela (ou dele), mas...”, e pouco depois fica claro que aquele de quem disseram tanto gostar, se transforma em alguém que, afinal, não suportam. Pessoas que cultivam a maledicência possuem certas características que as tornam temidas (mas não rejeitadas):
- São perigosas porque não tem escrúpulos;
- Não se importam se o que estão dizendo é verdade ou não;
- Não são leais;
- Falam mal de qualquer pessoa, inclusive daqueles que consideram amigos;
- Acham que tem sempre a razão;
- Distorcem a realidade e só veem o lado que lhes interessa;
- São sádicas, quanto mais doloroso ou humilhante for o que tem para dizer do outro, mais prazer sentem ao repetir e compartilhar;
- Não tem amigos, fazem alianças em prol dos seus benefícios e ganhos.
Falar mal dos outros não é algo que tenha a ver com a origem social. Revela falta de educação e uma grande falha de caráter.
É um comportamento típico de pessoas invejosas. Não é preciso ir ao psicólogo para saber que quando alguém denigre o outro, é porque ele mesmo não pode crescer e precisa humilhar o outro para se sentir alguém.
Sobre este terrível assunto o Papa Francisco diz: “Que o Senhor nos conceda a graça de ter cuidado com os comentários que fazemos do outro. Que a justiça de vocês seja superior a dos fariseus. Quem não é capaz de dominar a língua acaba se perdendo. Além disso, a agressividade natural do homem, como aquela de Caim contra Abel, se repete na história, por isso parece mais simples terminar uma situação com insulto, uma calunia, uma difamação ao invés de alcançar algo bom. Gostaria de pedir ao Senhor que nos conceda a graça de prestar mais atenção sobre as críticas que fazemos aos outros. É uma pequena penitencia que dá bons frutos. Peçamos ao Senhor a graça de adequar a nossa vida a lei da mansidão, do amor e da paz.”
Há algumas décadas a moral tinha um peso maior na educação e determinava com mais clareza os comportamentos corretos e socialmente aceitos. Uma pessoa educada não comentava ou criticava aspectos da vida dos outros.
Esse comportamento além de ser muito elegante era e continua sendo um comportamento do bem. Diz-se que o mundo vai mal e que o ser humano está piorando, mas bastaria que cada um de nós cultivasse um pequeno gesto para tudo começar a mudar. As grandes mudanças sempre começam com pequenos passos.
Deixar de falar mal dos outros, evitar replicar e compartilhar o que é mau é uma atitude muito simples, mas com grande impacto ao nosso redor.
Ninguém é obrigado a gostar de todo mundo ou de todas as coisas, aliás isso nem seria possível. Mas fazer opções de vida não significa ser grosseiro e mau com os outros, falando mal deles.
A vida é cheia de voltas e reviravoltas e aquilo que se faz aos outros um dia retoma É INEVITÁVEL. A grande verdade é que vemos e julgamos o mundo pelos nossos olhos, por aquilo que somos e espreita dentro de nós.
Por isso, falar mal dos outros sempre revela muito mais de quem fala do que quem está sendo falado!
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