Todos nós seres humanos, independente da nossa origem, temos na nossa primeira infância a fase mais importante de descobertas em nossas vidas e ela nos deixa marcas absolutamente inesquecíveis que vão sempre nos acompanhar.
São milhares de experiências cotidianas que geram sensações e sentimentos, positivos e negativos, que experimentamos pela primeira vez desde que nascemos até os 6 anos de vida.
A primeira vez que sentimos falta de alguém ou seja, sentimos saudade, a primeira vez que sentimos fome, a primeira vez que nos sentimos amados, a primeira vez que sentimos um sabor delicioso, a primeira vez que nos sentimos acolhidos e seguros, a primeira vez que sentimos a alegria por alguma coisa que nos fez bem, a primeira vez que sentimos dor etc… Boas e más emoções e sensações.
As boas emoções e sensações dessa nossa primeira fase da vida chamamos de memórias afetivas.
Que podem ser geradas por fatos que podem parecer banais a uma primeira vista, mas que podem guardar fortes memórias afetivas. O fato é que tudo isso está guardado em nosso “HD interna”, chamado inconsciente.
Uma pequena fração das nossas memórias encontra-se ativada, demarcando os limites da consciência. Todas as demais estão em estado latente, ou seja, escondidas. Podemos usar a metáfora do iceberg como um modelo da mente, onde a maior parte está submersa.
A memória afetiva pode ser despertada através do degustar de um alimento ou o cheiro exalado por ele, um toque, uma imagem. Através dos estímulos recebidos do meio externo entramos em sintonia. E pode ser prazeroso ou não curtir esta memória… Quais são os cheiros que hoje ao senti-lo, você se recorda do passado?
Se a memória despertada for negativa…ressignifique retirando o aprendizado porque não vale a pena retornar momentos de sofrimento.
Porque até mesmo isto pode deixar a caminhada limitada e insegura.
Observe no seu dia quantas vezes são acionadas estas memórias afetivas e as boas e as más sensações. Os icebergs mostram apenas 10% do seu volume.
Pense nisso. Os outros 90% encontram-se debaixo d'água.
Já se disse que só deixamos transparecer a décima parte de nossa capacidade pecaminosa total.
O grosso mesmo permanece escondido dentro de nós. Se aprendermos a confessar a maldade inteira, isto há de trazer um grande alívio.
A confissão da mera vontade de pecar ou da incrível propensão pecaminosa é saudável.
É bom parar e desabafar diante de Deus: "O meu pecado está sempre diante de mim" (Salmos 50,4). Às vezes torna-se difícil separar o pecado isolado do pecado em potencial, mas este é responsável por aquele.
Por esta razão, o publicano da parábola batia no peito e clamava: "Ó Deus, sê propício a mim, pecador" (Lucas 18,1 3).
O capítulo 7 da Carta aos Romanos é uma confissão nua e crua daquele pecado que habita ou reside no ser humano, faz guerra contra o bom senso e leva a vítima a gritar por socorro de fora. - Romanos, 7 - "Ignorais, irmãos (falo aos que têm conhecimentos jurídicos), que a Lei só tem domínio sobre o homem durante o tempo que vive?* Assim, a mulher casada está sujeita ao marido pela Lei enquanto ele vive; mas, se o marido morrer, fica desobrigada da Lei que a ligava ao marido. Por isso, enquanto viver o marido, se se tornar mulher de outro homem, será chamada adúltera. Porém, morrendo o marido, fica desligada da Lei, de maneira que, sem se tornar adúltera, poderá casar-se com outro homem. Assim, meus irmãos, também vós estais mortos para a Lei, pelo sacrifício do corpo de Cristo, para pertencerdes a outrem, àquele que ressuscitou dentre os mortos, a fim de que demos frutos para Deus. De fato, quando estávamos na carne, as paixões pecaminosas despertadas pela Lei operavam em nossos membros, a fim de frutificarmos para a morte. Agora, mortos para essa Lei que nos mantinha sujeitos, dela nos temos libertado, e nosso serviço realiza-se conforme a renovação do Espírito e não mais sob a autoridade envelhecida da letra. Que diremos, então? Que a Lei é pecado? De modo algum. Mas eu não conheci o pecado senão pela Lei. Porque não teria ideia da concupiscência, se a Lei não dissesse: Não cobiçarás (Ex 20,17)..Foi o pecado, portanto, que, aproveitando-se da ocasião que lhe foi dada pelo preceito, excitou em mim todas as concupiscências; porque, sem a Lei, o pecado estava morto..Quando eu estava sem a Lei, eu vivia; mas, sobrevindo o preceito, o pecado recobrou vida,.e eu morri. Assim o mandamento, que me devia dar a vida, conduziu-me à morte..Porque o pecado, aproveitando da ocasião do mandamento, seduziu-me, e por ele me levou à morte. Por conseguinte, a Lei é santa e o mandamento é santo, e justo, e bom....Então, o que é bom tornou-se causa de morte para mim? Decerto que não. Foi o pecado que, para se mostrar realmente pecado, acarretou para mim a morte por meio do que é bom, a fim de que, pelo mandamento, o pecado se fizesse excessivamente pecaminoso.. Sabemos, de fato, que a Lei é espiritual, mas eu sou carnal, vendido ao pecado. Não entendo, absolutamente, o que faço, pois não faço o que quero; faço o que aborreço.. E, se faço o que não quero, reconheço que a Lei é boa. Mas, então, não sou eu que o faço, mas o pecado que em mim habita..Eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita o bem, porque o querer o bem está em mim, mas não sou capaz de efetuá-lo..Não faço o bem que quereria, mas o mal que não quero.. Ora, se faço o que não quero, já não sou eu que faço, mas sim o pecado que em mim habita. Encontro, pois, em mim esta Lei: quando quero fazer o bem, o que se me depara é o mal. Deleito-me na Lei de Deus, no íntimo do meu ser. Sinto, porém, nos meus membros outra Lei, que luta contra a Lei do meu espírito e me prende à Lei do pecado, que está nos meus membros. Homem infeliz que sou! Quem me livrará deste corpo que me acarreta a morte?... .Graças sejam dadas a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor! Assim, pois, de um lado, pelo meu espírito, sou submisso à Lei de Deus; de outro lado, por minha carne, sou escravo da Lei do pecado"
Admitir a herança pecaminosa é conhecer a si mesmo e aprender a depender de Deus. Coloquemos diante do Senhor os 10% que todo mundo vê ou sabe, mas também, os 90% que só nós conhecemos.
CONFESSEMOS O ICEBERG TODO!
Bíblia diz: (1 João 1,9-10) "Se reconhecemos os nossos pecados, (Deus aí está) fiel e justo para nos perdoar os pecados e para nos purificar de toda iniquidade. Se pensamos não ter pecado, nós o declaramos mentiroso e a sua palavra não está em nós."
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