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Foto do escritorHenrique Santos Filho

LUXURIA

É definida como uma impulsividade desenfreada, um prazer pelo excesso, tendo também conotações sexuais.


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Nas empresas este pecado é identificado pelo assédio sexual: em nome da posição hierárquica "desfruto do poder de dominar."

Aparece com isso a grande dificuldade de relacionamento entre homens e mulheres nos ambientes e organizações reforçando heranças culturais arraigadas bem como dificuldades emocionais de expressar a afetividade de forma saudável.

Faz-se necessário perceber de forma ampliada os fatores que influenciam a gestão de pessoas nas organizações e o seu grau de maturidade para compreender melhor os processos decisórios, a motivação e a qualidade de relacionamento.

Os fatores culturais, os paradigmas administrativos bem como a saúde emocional das pessoas que trabalham juntas parecem somarem-se num todo coerente e explicativo para o grau de desempenho e competências exigidos no modelo de gestão atua.

Os sentimentos envolvidos nos Pecados Capitais por si só não são negativos.

O negativo é alimentá-los e agir sob o efeito deles não combatendo-os nem trazendo novas alternativas de comportamento, minando com isso o crescimento e o fortalecimento das competências.

LUXURIA é um pecado capital, ou seja, um pecado mais forte que segundo a doutrina católica, serve de "porta" para levar a outros pecados...

Segundo São Tomás de Aquino, a luxúria refere-se aos prazeres sensuais, onde ele lembra que tanto a comida quanto a relação sexual têm como finalidade a conservação da vida e, desde que utilizadas para esse fim, não são consideradas pecado.

Na cultura cristã o sexo sempre esteve associado ao pecado, a algo sujo e mau, mas aceito em nome da procriação ou do amor, apesar de que em nossos dias o sexo ainda provoque muita culpa, em especial nas mulheres.

Porém, na época das cavernas, e por muito tempo depois, o que ligava homens e mulheres era o desejo físico, indiscriminado e passageiro, como se observa hoje nos animais, e infelizmente, em alguns homens.

A associação estabelecida entre amor e sexo vem da necessidade cultural de "purificar" o sexo. Criou-se então o amor romântico, aquele sentimento nobre e elevado que uniria um homem e uma mulher.

A origem desse pecado capital pode ser intensificado e reforçado na infância, quando pais reprimem as crianças de todo e qualquer impulso sexual.

Esses pais geram através da repressão muita culpa e criam assim adultos reprimidos sexualmente ou liberados em excesso.

Do ponto de vista psíquico a grande diferença que a mulher estabelece entre sexo, amor e intimidade e, a pouca importância que os homens tendem a dar aos dois últimos, é fonte de muitos conflitos nos relacionamentos.

Uma das causas da busca incessante por sexo, aparência e estética, tem origem na própria sociedade, na mídia, que vende a ideia que feliz é quem tem a beleza semelhante a da modelo da capa da revista.

Esse culto pelo belo, pela estética e o prazer geram muita angústia e insatisfação, quase sempre refletida na preocupação excessiva com o próprio físico, principalmente para quem está longe dos moldes ditados.

Na publicidade a imagem de um homem bem-sucedido é sempre associada à fama, poder, dinheiro e belas mulheres. Isso mesmo, no plural.

O homem desde pequeno é incentivado a ir à caça, a não se "prender" apenas a uma mulher, mas a ter muitas, como se isso demonstrasse seu poder e sua capacidade sexual.

Nas rodas de amigos faz questão de contar suas peripécias sexuais, onde ninguém tem certeza do limite entre a realidade e a fantasia.

O sexo descompromissado e causal é muito mais procurado pelos homens, isso não quer dizer que muitas mulheres também não o procurem. Mas os homens em geral, não só separam muito bem o sexo do amor, como até fogem do amor, da intimidade e do compromisso.

A razão destes comportamentos pode favorecer a compulsão pelo sexo, explicada em muitos casos pelo medo que os homens têm do envolvimento e da intimidade que esse amor acarreta e que vem literalmente do berço.

Ou seja, da relação que mantiveram com suas mães e da forma mais ou menos traumática pela qual foram obrigados a se separar delas.

É evidente, que todo esse comportamento denota uma necessidade de defesa e proteção que oculta seu desejo maior: ser cuidado e acima de tudo amado.

Porém, o medo da rejeição muitas vezes o impede de assumir tal necessidade.

A pessoa foge da intimidade e se defende na busca pelo sexo excessivo, que se torna sua única fonte de prazer.

Mas se a vontade obedece apenas ao prazer, a pessoa começa a buscar apenas o que lhe dá satisfação, poderá ocorrer sérios conflitos internos, pois quanto maior o apego ao material, ao físico, ao externo; menor será a busca pelos valores espirituais.

Assim se afasta cada vez mais dos valores internos.

Na verdade, a luxúria desvirtua a sensualidade e deforma o amor, tornando o apetite sexual insaciável.

A Luxúria é o mais sedutor dos vícios, pois seus prazeres são os oriundos do sexo, mas quando em desmedida e intensamente despudorado.

A Luxúria é mais problemática quando a capacidade de controlar os instintos é ameaçada pela lembrança de indeléveis experiências ocorridas durante a infância: “Por isso, integrar os instintos é ao mesmo tempo construir também o inconsciente pessoal, o domínio da própria vida”, afirma o teólogo Anselm Grün, em sua obra “Convivendo com o mal – A luta contra os demônios no monaquismo antigo”.

O demônio da Luxúria (Asmodeus) ama a pornografia e nos força a desejar outros corpos: “Ele ataca cruelmente (...) enlameia a alma e a seduz a ações vergonhosas (...).

O demônio da luxúria trabalha, sobretudo através da fantasia, que ele enche de imagens e de pensamentos impuros, desta maneira obscurecendo a razão.

É típico que esse vício atue de modo repentino, preferencialmente, à noite, libertando e incendiando os instintos até a mais completa animalidade.

Se os pensamentos compulsivos forem mesmo incontroláveis, que os adultos busquem tratamento especializado ou, no mínimo, pessoas e locais apropriados, pois nossos pequenos inocentes são curiosos, bisbilhoteiros e um segredo pode influenciar o destino das crianças sobre as quais ele pesa.

Aplacar a luxúria requer castidade.

No caso da Luxúria há diversas ramificações como, por exemplo:

  • prostituição,

  • pornografia,

  • adultério: sendo casado pelo menos um deles

  • violação: mediante violência

  • incesto: com pessoas de família ou consanguíneos

  • sacrilégio: com pessoa consagrada a Deus

  • masturbação: ato solitário que atinge o clímax

  • onanismo: união sexual voluntariamente interrompida para vir a acabar em polução

  • sodomia: conjunção carnal entre pessoas do mesmo sexo

  • pedofilia,

  • zoofilia ou bestialismo,

  • fetichismo,

  • sadismo (busca de prazer infligindo dor ao parceiro)

  • masoquismo (busca de prazer recebendo do parceiro punições que envolvem dor),    desvios sexuais e tantos outros pecados relacionados com a carne.


A luxúria, segundo a doutrina, pode acarretar em consequências como, por exemplo, o estímulo ao aborto (no caso de gravidez indesejada), transmissão de doenças sexualmente transmissíveis, abuso sexual (no caso de pessoas com desvios sexuais que buscam na submissão do outro o seu prazer ou em pessoas que sofreram na infância tais abusos).

Portanto a luxúria seria uma porta de acesso a outros pecados (desvios morais).

Luxúria representa o desejo desordenado pelos prazeres sexuais. Pode ser definida como uma impulsividade desenfreada, um prazer pelo excesso, tendo também conotações sexuais.

Opõe-se à propagação da espécie, sendo consumado apenas para satisfazer as próprias necessidades.

O dicionário diz que a Luxúria é o desejo passional e egoísta por todo o prazer sensual e material.

Muitos entendem luxúria por uma exuberância dos sentidos, da sexualidade, uma embriaguez do corpo, da alma e das sensações.

A luxúria e consiste no apego e devoção aos prazeres carnais, corrupção de costumes, sexualidade extrema, lascívia e sensualidade.

Para a Igreja, pecar por luxúria significaria ser possuído pelo desejo desmedido de obter esses prazeres.

A luxúria, nascida dentre a paixão, se transforma em ira quando insatisfeita. A luxúria é insaciável, e é um grande demônio. Conheça-a como o inimigo.

O Evangelho nos mostra na narrativa dos dois caminhos:  “Largo é o caminho que conduz à perdição…” Inimiga ou amiga, paixão ou amor, sexo ou sedução, a verdade é: Quem nunca caiu em tentação?

Luxuria consiste basicamente na obsessão em deixar-se dominar pelos prazeres carnais, em satisfazer os próprios instintos sem refletir nas conseqüências de seus atos.Com a corrupção de costumes, o indivíduo não se importa consigo mesmo.

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