O Novo Testamento tem muito pouco a dizer sobre Maria. Ela não ocupa um lugar de proeminência nos Evangelhos.
Uma autora católica romana chegou a afirmar que “parece até ausente do ministério de Jesus, seu Filho”. Dois, dos quatro evangelistas, deixam de citá-la no início de seus relatos (Marcos e João). Seu nome é a forma greco-latina do hebraico Mirian, nome da irmã de Moisés. Nada se sabe de sua infância. A Bíblia não registra, mas o chamado “proto-evangelho” de Tiago declara que ela ficou noiva, aos catorze anos, do carpinteiro José, e que ambos moravam em Nazaré.
Sua origem foi de família humilde. Seus pais se chamavam Joaquim e Ana. Maria era de grande limitação econômica. Moça recatada (até mesmo pelas circunstâncias sociais), procurou preservar- -se santa (separada), virgem, e com isso cultivou um caráter ilibado e bons frutos em seu coração, frente a inúmeras outras Marias existentes em sua região. Certamente foi uma filha muito obediente e amável. Por essas características, adiante, DEUS lhe agraciou, dentre várias mulheres, com a honra de conceber, pelo poder do Espírito Santo, a Jesus Cristo, o Messias esperado: “Entrando o anjo aonde ela estava, disse: salve, agraciada! O Senhor é contigo. Bendita és tu entre as mulheres” (Lucas 1,28). Sem dúvida alguma de que DEUS não escolheria qualquer uma para dar à luz o Seu Filho.
Entretanto, a perturbação espiritual e o medo que sentiu após receber a notícia do anjo Gabriel provaram também a sua grande imperfeição e limitação humanas: “porém ela se perturbou muito com essas palavras e considerava que saudação seria essa. Disse-lhe então o anjo: Maria, não temas, achaste graça diante de Deus” (Lucas 1, 29-30). Não estava em seus projetos de mulher conceber um filho aquele tempo, mesmo porque ela era apenas noiva de José, com o qual nunca havia tido relação sexual.
A sua posição na história do cristianismo não pode ser mais nem menos àquela maravilhosa obra de ter gerado o Filho de Deus.
A obscuridade de sua velhice e da causa morte refletem o seu devido lugar na história da humanidade. O espírito daquela serva exemplar e seguidora de Jesus está aguardando a vinda do Filho de Deus para ressuscitar primeiro e, com Ele, fazer morada definitiva no céu. Todas as mulheres e mães do mundo precisam seguir o exemplo de Maria de Nazaré e instruir seus filhos nos caminhos do Senhor Jesus. Precisam ter a sensibilidade espiritual, a fé e a disposição que ela teve de servir e agradar a Deus. Nosso Senhor nos alertou quanto a isso: “pois todo aquele que fizer a vontade de meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão, irmã e mãe”. (Mateus 12,50).
Que DEUS nos abençoe e Salve Maria!
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