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Foto do escritorHenrique Santos Filho

Mas descerá sobre vós o espírito santo

"Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; E apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como de fogo, e pousou sobre eles. Todos ficaram cheios do Espirito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espirito lhes concedia que falassem" (Atos 2, 1-4).

Foto: https://p0.piqsels.com/preview/61/796/951/jesus-christ-god-holy-spirit.jpg

A festa de Pentecostes era uma das três festas obrigatórias dos judeus. A primeira era a Páscoa, a segunda era o Pentecostes e a terceira era a festa de tabernáculos. A princípio, era uma festa agrária também chamada de festa das primícias pela celebração do início da colheita.

Posteriormente, veio também a comemoração da entrega da aliança que se teria dado 50 dias após o êxodo. Não podemos negar que no Pentecostes cristão, também estão presentes os elementos do Pentecostes judaico. Com certeza no Pentecostes começa uma grande colheita.

Também não podemos nos esquecer da nova aliança de Deus, que já não é escrita em tábuas de pedras, mas em nosso coração. Finalmente a alegria que deveria ser a tônica no Pentecostes judaico extravasa no derramamento do Espirito Santo sobre a Igreja. No Pentecostes, ao citar o profeta Joel, Pedro deixa bem claro: o fim já começou a muito tempo.

A compreensão de que o Pentecostes marca o tempo do fim e o fim dos tempos, traz para nós duas explicações.


A PRIMEIRA - é que somos chamados a vigilância, pois o fim se abrevia, o tempo da nossa partida para chegarmos enfim a nossa Canaã está cada dia mais próximo.


A SEGUNDA - é que devemos repreender todo espirito de alvoroço e de confusão daqueles que querem conhecer os tempos e épocas que Deus reservou para si. Com expectativa, mas sem ansiedade; com certeza no coração, mas sem confusão na mente. Desprezemos os cálculos, as estimativas, as projeções e nos firmemos na certeza de que a Vinda do Senhor se abrevia, visto que a Igreja o aguarda desde o dia de Pentecostes.

Foi o esperado acontecendo inesperadamente.

Eles esperavam mas não sabiam quando. Eles tinham a certeza mas não a previsão. O Espírito Santo não é companheiro de encontros programados, de horas marcadas anunciadas em cartazes divulgados em todos os lugares.

Ele vem quando não o esperamos.

E não vem da forma que o esperamos. Quem quiser andar com o Espírito tem que estar preparado para as surpresas, para o inesperado. Ele nunca falha com as Suas promessas, mas nunca fará com que nós esperamos nem quando esperamos.

Foi o incontrolável sendo conduzido. Quando o Espirito Santo vem ninguém se controla. O Espirito Santo controlava a todos. Naquela hora ninguém escolheu nem determinou os seus atos. Mas ninguém estava sem controle. O Espírito Santo controlava a todos.

Era conforme o Espírito Santo concedia. Ser cheio do Espírito Santo não é ser como um trem desgovernado ou um avião sem piloto. Ser cheio do Espírito Santo é ser conduzido por Ele que na sua soberania faz o que quer quando quer e como quer. Talvez, uma das passagens mais interpretadas da Escritura seja aquele de II Coríntios 3, 17 "Ora, o Senhor é o Espírito; e, onde está o Espírito do Senhor, ai há liberdade".

Se observarmos atentamente o contexto, o texto não está falando de que a presença do Espírito Santo permite a cada um fazer o que quiser, mas que a presença do Espírito Santo tira o véu da nossa face para que possamos conhecer a Cristo.

Quando o Espírito Santo vem, perdemos o controle, mas não ficamos descontrolados. Ele está soberanamente no controle. Era o sobrenatural enchendo natural. A experiência de ser visitado pelo Espírito Santo é a mais fascinante experiência do ser humano. É ser invadido por uma alegria desmedida; é ser tomado por um poder incontrolável; é ser seduzido por uma glória irresistível, é ser inundado por uma onda de amor jamais experimentado. É ser transformado para sendo o mesmo nunca mais ser igual.

Naquele dia, foi isso o que aconteceu com aqueles homens e mulheres. Pedro ainda era Pedro, mas já não era o que foi. O medo deu lugar a coragem. O rude pescador era o grande pregador. O Espírito Santo deu aqueles homens a estatura que não tinham e os projetou a dimensão que nunca sonharam.

Pelo poder do Espírito revolucionaram o mundo, transformaram o mundo!

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