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Foto do escritorHenrique Santos Filho

NÃO NOS DEIXEMOS VENCER PELAS TREVAS

ROMANOS 13, 11-14 E isto, conhecendo o tempo, que é já hora de despertarmos do sono; porque a nossa salvação está agora mais perto de nós do que quando cremos. A noite é passada, e o dia é chegado. Rejeitemos, pois, as obras das trevas, e vistamo-nos das armas da luz.

Normalmente usamos o conceito de luz para identificar um espaço claro, onde nossos olhos podem definir com facilidade tudo o que nele se encontra. Por outro lado, chamamos de trevas a ausência dessas condições. Mas no mundo espiritual a luz representa a aproximação de Deus, podendo se tornar maior ou menor, de acordo com o que obedecemos de Sua vontade.

Isso vem do princípio da criação, pois está escrito que a luz surgiu sobre as trevas em cumprimento da primeira Palavra pronunciada por Deus (Gn. 1, 2-3). Portanto, a falta conhecimento da Palavra de Deus indica que nosso espírito está em trevas, por ignorar a vontade do Criador.

Em princípio parece não ter muita importância a maneira pela qual vivemos. Mas quando nos propomos a examinar as Escrituras, descobrimos a grande diferença existente entre o que serve a Deus e o que não serve (Ml. 3, 18).

Devemos então considerar que todo o esforço do Senhor Jesus teve por objetivo mostrar a verdade às pessoas, a fim de que cada ser humano possa optar conscientemente pelo caminho que quer seguir, ou seja, se prefere permanecer nas trevas espirituais, ou buscar a luz da justiça divina. Ele deixa claro que quando buscamos a luz, entendendo como tal a plena vontade de Deus, conquistamos o direito de viver eternamente. Isso não acontece com quem deixa de fazer essa opção, pois nesse caso a pessoa permanece nas trevas, e seu espírito será condenado à segunda morte, isto é, morrerá do corpo físico e depois sofrerá ainda a morte do espírito.

Veja o texto, “Mas quanto aos medrosos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, ... e a todos os mentirosos, sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre, que é a segunda morte. ” (Ap. 21,8)


JÁ E HORA DE DESPERTARMOS DO SONO.

Imagine que você esteja esperando uma visita muito importante. A data e a hora da visita estão marcadas. Mas você dorme demais, perde a hora e quando a campainha toca, você vai sonolento e de pijama atender a porta. Como se sentiria? Não seria muito constrangedor? Você não ficaria envergonhado por receber de pijama alguém importante, quando queria receber esta visita com o café servido e a casa arrumada?

Em nosso texto Paulo nos convoca: JÁ É HORA DE ACORDAR. Não porque uma visita importante está para chegar, mas porque o dia da salvação está próximo; está mais perto do que pensamos. É o dia do Senhor que se aproxima.

A mensagem, do apóstolo PAULO, é clara. Como cristãos somos convidados a viver de forma digna e coerente a nossa fé.

Disso faz parte que as obras das trevas, do pecado e da desobediência a Deus sejam vencidas, para que possamos manifestar no mundo a luz de Jesus Cristo. “...EU SOU A LUZ DO MUNDO; QUEM ME SEGUE, DE MODO NENHUM ANDARÁ NAS TREVAS, PELO CONTRÁRIO TERÁ A LUZ DA VIDA. ” (JO. 8, 12).

Aos cristãos cabe deixar as obras das trevas (v.12), o que equivale a nada dispor para os desejos da carne (v.14) e revestir-se das armas da luz (v.12), o que corresponde a revestir-se do Senhor Jesus (v.14).

QUAL É A ÚNICA FORMA DE VENCER A ESCURIDÃO?

É acender a luz, deixar a luz entrar. Somente a luz pode vencer a escuridão. Sabendo disso Paulo nos aconselha: precisamos nos revestir com as armas da luz, para que as obras das trevas possam ser vencidas. Vejam que ele fala de armas. Armas indicam luta, combate, guerra.

A VIDA CRISTÃ É ISSO MESMO. UMA CONSTANTE LUTA CONTRA AS TREVAS, PARA QUE A LUZ DE CRISTO POSSA BRILHAR. QUAIS SÃO AS ARMAS DA LUZ? QUAIS SÃO AS OBRAS DAS TREVAS?

De acordo com o apóstolo, as obras das trevas são todas aquelas coisas, ações, atitudes e comportamentos, que Deus não aprovaria e as que pessoas não poderiam imitar de consciência tranquila.

No verso 13 Paulo cita algumas dessas obras das trevas que precisam ser vencidas na vida do cristão. Revestido com as armas da luz, o cristão luta em três campos ou áreas:

a) No campo social, público ou coletivo;

b) No campo pessoal e familiar, cuidando do relacionamento entre marido e esposa;

c) No campo eclesiástico, cuidando dos relacionamentos da vida comunitária.


Para cada uma destas três áreas de luta Paulo cita duas obras das trevas que se manifestam e que devem ser combatidas.

QUAIS SÃO? NO CAMPO SOCIAL fala de “ORGIAS E BEBEDEIRAS”. Aqui Paulo menciona pecados sociais que, entretanto tem a ver com o cuidado do nosso corpo. Na Bíblia, as bebedeiras muitas vezes são mencionadas ao lado de orgias, glutonarias (comilanças)

e idolatrias (Gl 5,19ss).

Paulo tem em vista as orgias, grandes festas/farras, feitas em honra a deuses pagãos, como Baco, o deus do vinho. Nestas festas aconteciam comilanças, bebedeiras e imoralidades sexuais, os chamados bacanais. Ao cristão cabe lutar contra estes desejos da carne, que são obras das trevas, pois ele tem o compromisso de cuidar do seu corpo, que é santuário do Espírito Santo (1 Cor 6,19).

Como cristãos nós não podemos aprovar excessos na bebida, nem legitimar comilanças ou libertinagens sexuais.


NO CAMPO PESSOAL OU FAMILIAR: “Impudicícias e dissoluções”. O que é isso? Aqui se trata especificamente da sexualidade humana. Paulo passa da vida social para a privada, familiar e matrimonial, mas ainda tem em vista a ética cristã que precisa ser cultivada por aqueles que esperaram pela vinda de Cristo.

Nesta área o apóstolo é sempre atual, pois a permissividade sexual, o libertinismo, a promiscuidade e a depravação sexual hoje talvez sejam maiores do que no tempo de Paulo.

Como vivemos nossa sexualidade na família e no casamento? Ainda valorizamos o compromisso mútuo, o respeito entre os sexos, e a fidelidade matrimonial? Como podemos viver dignamente a nossa fé em meio à imoralidade, indecência

e depravação dos nossos dias?

Somos convidados a dizer um grande “não” para tudo àquilo que desagrada a Deus nesta área. Entre os cristãos deve ser valorizado o respeito mútuo entre homens e mulheres; a fidelidade no casamento deve ser resgatada; nossos filhos precisam ser

educados para que aprendam a ter relacionamentos saudáveis; nossos jovens precisam aprender que namorar é coisa séria e que costumes locais não podem ser mais importantes do que diretrizes bíblicas. Como cristãos somos convidados a viver dignamente a nossa fé também nesta área dos relacionamentos humanos. E por último o apóstolo ainda fala sobre a vida comunitária.


NA VIDA COMUNITÁRIA PAULO cita: “Contendas e ciúmes”. Contendas são as discórdias, querelas e desarmonias, discussões tolas e brigas, muitas vezes provocadas por ciúmes entre os cristãos.

Paulo tem em mente aquelas atitudes e comportamentos que dificultam o convívio e destroem relacionamentos. Também na vida comunitária precisa prevalecer a vontade de Deus. Para que isso seja possível, vontades e caprichos pessoais precisam se submeter ao Evangelho de nosso Senhor, visando o bem comum; não impondo o

que é vontade de alguns Jesus disse: Eu sou a luz que vim ao mundo, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas. João 12,46.

Nessas palavras do Senhor Jesus nós entendemos que quem não crer nEle está e permanece na escuridão. Como o sol é para este planeta, assim Ele é para a alma, e se você não crer nEle a sua alma está em trevas, na escuridão, tateando como um cego.

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