O Apóstolo Paulo em sua carta a Timóteo diz: "Ninguém te despreze por seres jovem" (I Tm. 4, 12)
Nos tempos atuais, na ansiedade de ocupar e encontrar seu lugar, o adolescente/jovem sente uma profunda angústia por não saber como e por onde caminhar.
É uma luta interior que pode acarretar profundas feridas se não houver compreensão, ajuda e paciência com eles.
Paulo está animando Timóteo, que por certo estava cabisbaixo, desanimado por sentir, que sabe, desprezo dos mais velhos, afinal, não era mais criança e nem tampouco adulto.
Aí está a fase de descoberta, não mais "quem sou", mas para onde vou? Que farei? O que serei?
Neste momento, por parte dos pais e formadores, deve haver paciência para bem direcionar os propósitos do coração do jovem, para que não venha sentir culpas, depressão, tão cedo como tem ocorrido.
Sem preparo, sem direção, sem alvo, o jovem compensa sua "solidão" na bebida, libertinagem, no ficar, nas drogas, e acaba mergulhando ou criando um abismo de decepção e angústia.
A paciência como fruto do Espírito Santo (Gal. 5) é o mecanismo ideal, senão o único, para não permitir e evitar as decepções nos corações dos jovens, pois o que erramos no passado, muitas vezes, cobramos com o medo que cometam os mesmos erros.
Cada um é cada um, e se tivermos tempo para olhar nos olhos de cada jovem, filhos ou não, veremos uma solidão no imenso mundo global, sem saber por onde ir ou o que fazer, sendo vítima fácil da manipulação política, consumista e interesseira.
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