As Sagrada Escritura nos apresenta diversos exemplos de líderes que souberam guiar pessoas para o fim de vitórias.
Três são as características básicas para uma pessoa ser um verdadeiro líder: 1- Ter seguidores voluntários; 2- Assumir as responsabilidades do grupo; 3- e ser capaz de gerar novos líderes.
É preciso entender a diferença entre competência e capacidade. A competência está intimamente relacionada ao cargo que uma pessoa ocupa, ou seja, trata-se dos poderes que ela dispõe mediante o exercício do cargo ou da chefia. A capacidade, no entanto, está relacionada à pessoa em si, ou seja, são os dons que uma pessoa possui para agir. Por exemplo: um Juiz de direito tem competência para pronunciar uma sentença de condenação sobre um réu, pois seu cargo lhe confere tal autoridade, porém um pedreiro não tem esse poder, pois falta-lhe competência. Ora, esse mesmo juiz que tem competência para privar alguém de sua liberdade por determinado tempo, não sabe erguer uma casa de alvenaria, pois, em tese, lhe falta capacidade. Conclui-se então, que normalmente a competência está para o exercício de um cargo ou chefia, enquanto que a capacidade está para o exercício da liderança, mas nada impede que um chefe seja também um líder. Nas características que distinguem um líder, vemos que lhe é necessário ter seguidores voluntários. Muitos chefes de seção ou departamentos de empresas, se julgam líderes por terem muitas pessoas sob suas ordens. O fato de se ter muitas pessoas sob comando não quer dizer que uma pessoa seja um líder. Isso pode ocorrer devido à importância do cargo exercido, bem como porque geralmente as pessoas estão ligadas a uma determinada chefia por obrigação e/ou necessidade, pois necessitam do emprego para satisfazer suas necessidades diárias e de suas famílias. Ademais, qualquer tipo de obrigação não permite a elevação do índice de produtividade, haja vista uma pessoa que está inserida num determinado grupo por obrigação, sempre está insatisfeita, por conseguinte não dará tudo de si, pelo contrário, irá sempre agir de forma esmorecida. Os grandes prejudicados, nesse caso, serão sempre o empregador e os clientes, aquele porque terá seus lucros reduzidos e este por receber um serviço ou produto aquém do desejado. Portanto, é imprescindível que aqueles que estão à frente de grupos sejam verdadeiros líderes, e não apenas chefes, cabendo ao empresário cristão detectar se aquele que tem a responsabilidade de gerir seus negócios tem realmente capacidade de liderança, pois de outra forma estará se sujeitando a prejuízos despercebidamente.
O verdadeiro líder consegue motivar seus subordinados com palavras e ações.
Sua personalidade irradia segurança, razão pela qual as pessoas querem estar ao seu lado voluntariamente. Sua influência não vem do cargo que ocupa, mas de seu carisma, de sua capacidade. O Senhor Jesus Cristo irradiava segurança, multidões queriam estar perto dEle. Ninguém era “obrigado a ficar após o expediente” ouvindo-O, mas o povo não se afastava de sua presença, queria sempre ouvi-Lo. Essa era a razão do sucesso de Jesus Cristo. Ele, como líder por excelência, tinha seguidores voluntários. Os empresários cristãos precisam de verdadeiros líderes na gerência de suas empresas, para que possam ter funcionários realmente motivados e assim poderem obter lucros em seus negócios. Outra característica do líder é a capacidade de assumir responsabilidades. Há chefes que quando surge uma adversidade na administração sob sua responsabilidade, são os primeiros a procurar culpados. Imediatamente lançam a culpa sobre o mais fraco ou sobre aquele que lhe está mais próximo. São incapazes de assumir qualquer responsabilidade. Diferente é o líder que assume as desventuras e responsabilidades do grupo, isso de forma voluntária, pois é óbvio que se seus comandados erraram foi devido a alguma falha de gestão, quando o líder não conseguiu orientar convenientemente seus liderados. O erro é inerente ao ser humano. O que deve ser combatido é a persistência no erro. A carência de tal visão induz à falsidade e à mentira, tornando contraproducente para a própria empresa. O erro deve ser reparado com diálogo e ensinamento, dando segurança ao funcionário que tem iniciativa (só erra quem faz), o que é um requisito indispensável à moderna administração, diferentemente daquele funcionário que só funciona à base de “empurrão”. Lembrem-se, o Senhor Jesus, no Jardim do Getsêmani, assumiu sozinho as responsabilidades e ainda advogou pela causa de seus discípulos, dizendo que se era a Ele que os enviados dos fariseus procuravam, que então deixassem seus discípulos livres. O líder tem a capacidade de gerar novos líderes. As pessoas que lhe estão próximas procuram imitá-los, seguir seus exemplos. O Senhor Jesus tinha essa capacidade em tão elevado grau que Paulo disse: “sede meus imitadores, como eu sou de Cristo” O verdadeiro líder não é mesquinho, não esconde ensinamentos. Ele procura sempre o crescimento do grupo. Pedro e Paulo são exemplos de líderes gerados por Jesus. As empresas cristãs precisam de verdadeiros líderes gerindo seus negócios, pois assim crescerão, gerando empregos para a população, consequentemente reduzindo o índice de violência, permitindo assim que, com maiores lucros, o empresário cristão possa oferecer ofertas maiores para a obra de Cristo Jesus. Em fim, o verdadeiro líder atrai, retêm e inspira seguidores, portanto uma visão de liderança focada nos ensinamentos das Sagrada Escritura muito contribuirá para o crescimento do Brasil e da Igreja Católica, pois todos “somos o sal da terra”.
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