O nosso Deus é um Deus Vivo, alegre, feliz , cheio de amor e quer que tenhamos saúde mental, saúde física e saúde espiritual.
Sabemos que Deus nos ama, “porque Deus é Amor”. (I Jo 4,8).
E porque nos ama, Ele nos quer alegres e felizes. Quando uma pessoa gosta da gente é natural que ela faça tudo que estiver a seu alcance para que sejamos felizes.
Da mesma forma Deus nos quer felizes porque nos ama. Deus nos ama com um amor mais abrangente do que qualquer amor humano, pois como Criador, e em virtude de Seu poder Ele nos ajuda de forma profunda, eficaz e completa, através de Sua graça , em todas as situações, notadamente, quando nos sentimos atingidos por problemas emocionais.
Os problemas, que muitos de nós temos, que podemos chamar problemas (doenças) emocionais, como por exemplo o medo, quando não são administrados adequadamente, nos fazem cair no desânimo, provocando abatimento moral, espiritual , arrasando-nos , enfim !
Será que Deus quer que sintamos medo ? Será que isso é de Sua vontade?
Todos sabemos que o MEDO faz parte da natureza humana e chega a funcionar como elemento de sobrevivência; a isto chamamos aqui de medo que tem fundamento. Por exemplo: Se nos depararmos repentinamente com um leão fora de sua jaula, com certeza teremos medo e procuraremos nos defender, correndo, se escondendo, gritando, etc.
Esse tipo de medo -(conhecido por medo natural) – estudado e fundamentado nas explicações das ciências é aceito como coisa natural.
Mas o que diríamos do medo que não tem fundamento ?
Poderíamos tomar como exemplo o leão acima: agora nos deparamos com o leão dentro da jaula, e que não sair. Continuamos com medo da mesma forma ? Isto não tem fundamento.
Podemos dizer que o medo sem fundamento, NÃO é da vontade de Deus.
Deus tem por nós um carinho e um zelo tão intenso, que não permite que fiquemos expostos e por isso deu-nos as condições necessárias para que, livres, possamos ser felizes.
A Bíblia nos ensina que no início da sua obra de Criação ao dizer “Façamos o homem à nossa imagem e semelhança” – (Gn 1,26) , Deus incutiu na natureza do homem todas as possibilidades de realizações, que se dá quando utilizando-se da vontade e da inteligência o homem aceita o Criador em sua vida, e pode então, com as graças que recebe, realizar-se como criatura.
Vamos nos deter sobre a citação : “Façamos o homem a nossa imagem e semelhança”. (Gên. 1,26) . Consideremos, primeiro, a riqueza que está contida no vocábulo “imagem!”
IMAGEM
Na palavra “imagem”, Deus faz repousar, de maneira amorosa, as categorias pelas quais podemos deixar crescer a nossa humanidade.
Podemos dizer que a palavra “imagem” significa que Deus nos dá muita potencialidade para crescermos, quando coloca, em nossos corações a semente da fé , da esperança, a noção do belo, da verdade, motivando-nos para o Seu amor e para a eternidade.
Esses poucos exemplos , por si só, dão ideia da riqueza e dos atributos que Deus colocou em nós, como forças que impulsionam a nossa natureza, qualificando-nos para enfrentar as dificuldades e para ir ao encontro de Seu fecundo amor, onde repousa a nossa verdadeira felicidade.
SEMELHANÇA
Na palavra “ semelhança”, está fundamentada a convocação para uma tarefa. Deus nos convoca para uma tarefa. Deus deseja nossa participação no seu plano de amor.
Dessa forma, juntando os significados das palavras:
· “imagem” (que são os atributos);
· “semelhança” (que é o convite para tornarmo-nos parecidos com Deus no amor) , qualificando-nos para desenvolvermos , pelo uso da vontade e inteligência , o processo de amar e ser amado.
Ao nos capacitar de potencialidades e nos convocar para uma tarefa, Deus nos lega um “processo”; o processo de “amar e ser amado” que Ele deseja preservar em nós, porque nisso reside a nossa grandeza de filhos e imitadores do Pai.
Deus não quer que esse processo seja interrompido e para que isso seja possível, além dos atributos que nos deu, Ele se empenha em livrar-nos de todos empecilhos, de tudo que estorva, de tudo que atrapalha e impede nosso crescimento, no processo de amar e sermos amados.
Por isso, a validade da afirmação de que O MEDO NÃO É VONTADE DE DEUS!
E, para que possamos nos beneficiar do amor , da graça e da amizade de Deus, é necessário abrirmo-nos para essa fonte inesgotável de amor e de possibilidades, sem constrangimentos, sem bloqueios e sem o sentimento do medo.
A esta altura alguém poderia observar, como que antecipando a descoberta:
“Quer dizer então que a existência de Jesus , que se envolveu com os homens e, principalmente, os mais desafortunados, tem também um sentido de modelo de amor “?
Correto . É isto mesmo !
De fato Jesus, o Filho do Deus com Vivo experimentou muitas de nossas realidades em sua própria carne e, vencedor, tornou-se exemplo para todos : “Quando Eu for elevado da terra atrairei todos para mim” - (João 12.32).
Jesus é o modelo de despojamento total e de confiança no Pai-Criador. É em Jesus que devemos nos inspirar para atingirmos nossa realização humana. E, para que a nossa incerteza se torne certeza , Jesus acrescenta , convidando:
a)- “Vinde à mim vós todos que estais aflitos sob o fardo e Eu vos aliviarei” (Mt. 11,28);
b)- “Até agora nada pedistes em Meu nome. Pedi e recebereis para que a vossa alegria seja completa”. (Jo 16,24)
Essas palavras de Jesus realçam que, é de nosso dever “pedir ” e que é de Seu desejo dar-nos Sua graça para que nos tornemos alegres ao invés de tristes, medrosos ou melancólicos.
Você percebe, então, como a Pessoa de Jesus tem um papel fundamental em nossas vidas e o Seu significado na Comunhão da Trindade?
Você percebe agora, de maneira mais clara, o quanto Jesus é importante no plano de amor de Deus; o quanto a sua existência terrena tem de verdadeiro e necessário ?
Você percebe porque Jesus , como homem, aceitou passar por todas as experiências humanas, e com isso, deixar-nos exemplos ?
Jesus transforma a nossa humanidade, adequando-a pelo amor, ajudando-nos em nossas necessidades e dificuldades é , por outro lado, o trabalho do Espírito Santo de Deus, se permitirmos, irá envolver-se conosco, libertando-nos de nossos medos, qualificando-nos para amarmos a Deus e ao próximo de maneira livre, como devemos amar a nós mesmos.(.Mt 22,39 ).
Nunca é demais repetir que:
· o medo,
· a tristeza,
· e o abatimento moral - não são da vontade de Deus.
O nosso Deus é um Deus Vivo, alegre, feliz , cheio de amor e quer que tenhamos saúde mental, saúde física e saúde espiritual.
Por isso é que sentimos repulsa e frustração de coisa indigesta, quando percebemos que alguma coisa não vai bem conosco porque não conseguimos adequar nossas vidas no plano afetivo e espiritual, desejados por Deus.
O Salmo 38,11 é muito apropriado para significar o sentimento de repulsa manifestado nas situações que não contribuem para nossa felicidade, quando diz: - “Afastai de mim esse flagelo”.
Devemos permitir que Deus cure nossos medos, nossos traumas e também nosso egoísmo, formas de “flagelos” que atrapalham nosso crescimento humano e impedem que sintamos “sabor” verdadeiro pela vida.
Podemos nesta altura, orar desejando de maneira profunda: “Senhor curai-me de meus “flagelos”, uma vez que as minhas certezas de Seu amor por mim são agora, maiores...”
Para curar e permitir que sejamos felizes é que Deus quer se envolver - e se envolve - na história dos homens. Deixe Deus envolver-se de modo particular com a sua história curando-o de seus males, de suas enfermidades e de suas “trapalhadas”.
O vocábulo “trapalhadas” quer lembrar que muitas das nossas enfermidades, podem estar vinculadas aos nossos pecados, à nossa maneira de agir conosco e com os outros.
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