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OS LIVROS HISTÓRICOS - ANTIGO TESTAMENTO

Quem já estudou o Novo Testamento sente a necessidade de conhecer também o Antigo Testamento e ao fazer isso vai perceber a relação que existe entre eles.

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Podemos dizer que o Antigo Testamento prepara a vinda de Jesus e dá início à Revelação que Deus vai fazendo de Si mesmo e do Seu amor pelo homem. Conhecer o Antigo Testamento é manter intimidade com Abraão, Moisés, Jacó, Davi, Isaias e outros personagens bíblicos - e isso vai nos capacitar para entendermos melhor os Evangelhos, os escritos de São Paulo e os demais livros do Novo Testamento.

Onde está catalogado esse material tão excitante? Esse material está na Bíblia Sagrada, um livro que demorou mais de mil anos para ser escrito, sob a inspiração do Espírito Santo.

A Bíblia é composta de 73 livros, 46 livros fazem parte do Antigo Testamento e 27 livros compõem o Novo Testamento. Os 46 livros do Antigo Testamento são distribuídos em três categorias: Livros Históricos (desde o Gn. até o 2Mc.); Livros Sapienciais ou didáticos (Jó., Pr., Sl., Cantares, Ecl., Sb., Eclo.) e os Livros Proféticos - (Is, Jr. Lm, Br, Ez Dn e os doze profetas menores).

Os cinco primeiros livros da Bíblia (Gn, Ex, Lv, Nm, Dt) são conhecidos com O PENTATEUCO (penta em grego quer dizer cinco e teuchos quer dizer rolos ou livros). Os judeus chamam esses cinco primeiros livros de TORAH, palavra que significa Lei, Lei de Moisés, que por razões práticas foi dividida em cinco partes.

Para o judeu Gênesis, Êxodo, o Levítico todo, Números e Deuteronômio quase todo, são a expressão da Lei. A Torah regula pois, a vida do judeu, em todas as situações. A Torah é composta não só desses cinco livros, mas engloba também todos os livros do antigo Testamento, que fazem parte da Bíblia cristã católica, exceto os livros de Judite, Tobias, I e II Macabeus, Sabedoria, Abdias, Naum e Eclesiástico, num total de 7 livros, que não constam da Bíblia judaica.

Os nomes das cinco partes do Pentateuco são nomes gregos dados pelos judeus que fizeram a tradução Alexandrina dos LXX (70). O faraó do Egito manifestou desejo de conhecer a Bíblia judaica e recebeu em seus domínios os setenta e dois sábios que fizeram a tradução para a língua grega) e por isso essa tradução ficou conhecida por "tradução dos LXX.".

O livro de Gênesis significa origem, porque este livro começa falando das origens do mundo e do homem. O livro do Êxodo significa saída, porque o livro trata da saída dos judeus prisioneiros no Egito. O livro Levítico é o livro dos levitas ou sacerdotes, pois apresenta leis para o culto. O livro de Números é o livro que começa pela história de um recenseamento feito por Moisés no deserto; O livro do Deuteronômio é o livro que contém a repetição da Lei (déuteron = segundo e norma que significa =Lei) Genesis compreende duas partes: Gn. 1-11 e do capítulo 12 a 50.

A primeira é chamada "pré-história bíblica", porque apresenta acontecimentos anteriores à história bíblica. A segunda parte (cap. 12 a 50) vai descrever a historia bíblica, que começa com Abraão (séc. XIX a. C.). Tudo o que precede Gn. 12, vem a ser a fundo de cena que explica porque Deus quis chamar Abraão e fazer-lhe promessas; o Criador fez o mundo e o homem muito bons, mas o pecado estragou a obra de Deus, como explicou o Santo Padre João Paulo II em sua carta Enciclica-"Fides e Ratio"- datada de 14/set/1998 quando disse: "O livro do Génesis descreve de maneira figurada esta condição do homem, quando narra que Deus o colocou no Jardim do Eden, tendo no centro "a árvores da ciência do bem e do mal" (2,17).

O símbolo é claro: o homem não era capaz de discernir e decidir, por si só, aquilo que era bem e o que era mal, mas devia apelar-se a um principio superior. A cegueira do orgulho iludiu os nossos primeiros pais de que eram soberanos e autônomos, podendo prescindir do conhecimento vindo de Deus.

Nesta desobediência original, eles implicaram todo o homem e a mulher, causando à razão traumas sérios que haveriam de dificultar-lhes, dai em diante, o caminho para a verdade plena.

Agora a capacidade humana de conhecer a verdade aparece ofuscada pela aversão contra aquele que é fonte e origem da Verdade (Fides e Ratio-2,22b). A cegueira do orgulho se vê também em outros episódios como em Caim, no do diluvio, no da torre de Babel); por isto Deus separa um homem e sua descendência para serem os depositários da herança de um Messias Salvador.

A segunda parte do Gênesis (12-50) apresenta os patriarcas Abrão, Isaque e Jacó, mediante os quais Deus vai realizando a preparação do Messias. O Livro do Êxodo descreve a saída do Egito mediante as dez pragas e a celebração de Páscoa (1,1-15,21); a caminhada até o monte Sinai (15,22-18,27); 3) a aliança e a legislação do Sinai (19,1 40,38).

O Levítico apresenta coleções de leis relativas ao culto (1,1-10,20) e à santidade do povo (11,1-27,34). O Livro dos Números contém outras leis mescladas com a narrativa da caminhada até as margens do Jordão (1.1-36,1 3).

O Deuteronômio consta de cinco sermões de Moisés que recapitulam a lei (1,1-4,43; 4.44-11,32; 12,1-28.68;28,69, 30-20; 31,1-29) e da narração do fim da vida de Moisés (31,30-34,12).

Estes dados permitem avaliar a importância histórica, religiosa e moral do Pentateuco ao qual nenhum outro documento da antiguidade pode ser comparado. (No próximo numero veremos a origem do Pentateuco).

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