Ambição desmedida por poder, fortuna e honrarias. Manifestação arrogante de um orgulho ilegítimo. Auto estima excessiva, Auto suficiência, Sentimento exacerbado de dignidade pessoal.
A pessoa soberba pensa que sabe tudo, que é superior aos demais que está sempre certo e que tem sempre razão, é cheio de si e trata a todos com desprezo. Todo ser humano é, em essência, bom.
Todos nó trazemos inscritas em nossa mente e na nossa consciência a moral e as leis de Deus. Mas nós podemos anestesiar esse instinto divino a partir do pecado ( Rom 7, 16-20 ), que está presente como um mácula em nossa alma desde Adão e Eva, como nos mostra a Bíblia (Gen. 3, 1-13 ) ;Quando pecamos, nós preferimos a nossa lei à lei de Deus, fazer o que bem entendemos, muitas vezes não levando em conta as consequências.
Pecado Capital ( de capita = cabeça, o pecado que é a cabeça ) é o pecado que leva a outros pecados, outros vícios
Virtude ( de vir = varão, homem, que significa firmeza ) é uma disposição habitual e firme para fazer o bem. Não apenas pratiquemos atos bons ( pois até o pior criminoso é capaz de ter atos bons ocasionalmente ), mas sim sejamos bom, verdadeiros cristãos.
De acordo com a tríplice divisão da alma , os estudiosos estratificaram as principais paixões às quais o ser humano sucumbe:
a) o epitimético diz respeito aos instintos mais primitivos, as necessidades mais básicas, daí suas fraquezas serem a gula, a luxúria e a avareza (ganância);
b) a parte ligada ao thymós, ao coração é emocional, desencadeia estados negativos de ânimo e são ainda mais difíceis de serem superados: a preguiça (acídia) e a ira e,
c) o nôus refere-se ao espírito e corresponde aos vícios da inveja e da vaidade (soberba).
Demoníacos vícios que lideram – máximo-capitais – porque encabeçam e desencadeiam muitos outros formando um verdadeiro exército atrás de si (geram cerca de cinqüenta filhas).
SOBERBA ....filha: Orgulho O Princípio de todo pecado é o orgulho, a vaidade, pois é a tentativa de se igualar a Deus de ser auto-suficiente senhor de si, passando por cima da autoridade de Deus. O Orgulho caracteriza-se por acharmos que os dons de Deus vêm de nós mesmos. Leva aos pecados da presunção, da vanglória ( Gn 11 ? O episódio de Babel ).
Nós passamos a procurar sempre reconhecimento, elogios, por nossos atos e acabamos nos gabando das coisas que fazemos. Com orgulho, a pessoa desanima no fracasso, pois acha-o impossível.
VIRTUDE,,, igual = Humildade - É o reconhecimento de nossa pequenez. No final das contas. É e verdade sobre nó mesmos, sabendo que tudo é Dom de Deus. Devemos recorrer a Nossa Senhora, que foi exemplo de humildade, para pedir essa virtude A virtude da humildade constitui o alicerce de todas as outras virtudes. A humildade atrai sobre si o amor de Deus e o apreço dos outros, ao passo que a soberba os repele. Por isso, a leitura (Eclo 3,19-21. 30-31) aconselha nos: “Nos teus assuntos, procede com humildade, e haverão de amar-te mais que ao homem generoso. E na mesma passagem: Torna-te pequeno nas grandezas humanas, e alcançarás o favor de Deus, e Ele revela os seus segredos aos humildes. O homem humilde compreende melhor a vontade divina e sabe o que Deus lhe vai pedindo em cada circunstância.
No Evangelho (Lc 14, 1. 7-14) no banquete na casa do fariseu, o Senhor diz: “Quando fores convidado, vai tomar o último lugar, para que, quando vier o que te convidou, te diga: Amigo vem mais para cima. Então serás honrado na presença de todos os convivas. Porque todo aquele que se exalta será humilhado; e aquele que se humilha será exaltado”.
A ambição, uma das formas de soberba, é causa freqüente de mal-estar em quem se deixa levar por ela. “Por que ambicionas os primeiros lugares?
Para que estar por cima dos outros?”, pergunta-nos São João Crisóstomo.
A virtude da humildade não tem nada a ver com a timidez ou a mediocridade. A humildade leva-nos a ter plena consciência dos talentos que Deus nos deu, mas para fazê-los render com o coração reto. A humildade faz que tenhamos consciência clara de que os nossos talentos e virtudes, tanto naturais como na ordem da graça, pertencem a Deus, porque da sua plenitude, todos recebemos. Tudo o que é bom vem de Deus; a deficiência e o pecado, esses, sim, são nossos. Humildade é reconhecer que valemos pouco – nada -, e ao mesmo tempo sabermo-nos “portadores de essências divinas de um valor inestimável”.
A humildade elimina os complexos de inferioridade – que com freqüência resultam da soberba ferida -, torna-nos alegres e serviçais, sequiosos de amor de Deus: Nosso Senhor porá em nós tudo o que nos faltar.Só o humilde procura a sua felicidade e a sua fortaleza no Senhor.
Um dos motivos pelos quais os soberbos andam à cata de louvores e se sentem feridos por qualquer coisa que possa rebaixá-los na sua própria estima ou na dos outros, é a falta de firmeza interior; o seu único ponto de apoio e de esperança são eles próprios.
Os maiores obstáculos que o homem encontra para caminhar no seguimento de Cristo têm a sua origem no amor desordenado de si próprio, que o leva umas vezes a supervalorizar as suas forças e, outras, a cair no desânimo e no desalento.
São Bernardo indica diferentes manifestações progressivas da soberba: a curiosidade, o querer saber tudo de todos; a frivolidade de espírito, por falta de profundidade na oração e na vida; a alegria tola e deslocada, que se alimenta freqüentemente dos defeitos dos outros e os ridiculariza; a jactância; o prurido de singularidade; a arrogância; a presunção; o não reconhecer jamais as falhas próprias, ainda que sejam notórias; a relutância em abrir a alma ao sacerdote na Confissão, por parecer que não tem faltas…
O soberbo é pouco amigo de conhecer a autêntica realidade do seu coração e muito amigo de calcar os outros aos pés, seja em pensamento, seja pelas suas atitudes externas.
Juntamente com a oração, que é sempre o primeiro meio de que devemos socorrer-nos, procuremos ocasiões de praticar habitualmente a virtude da humildade: nos nossos afazeres, na nossa vida familiar, quando estamos sozinhos…, sempre!
A humildade é tão necessária para a salvação que Jesus aproveita qualquer circunstância para colocá-la em relevo. Procuremos, na medida do possível, falar pouco de nós mesmos, dos nossos assuntos, daquilo que nos exaltaria aos olhos dos outros; procuremos evitar sempre a ostentação de qualidades, bens materiais, conhecimentos…
Aceitemos as contrariedades com paciência, sem mau-humor, oferecendo-as com alegria ao Senhor; aceitemos sobretudo as pequenas humilhações e injustiças que se produzem na vida diária.
Passemos por alto os erros alheios, desculpando-os e ajudando-os com uma caridade delicada a superá-los; cedamos à vontade dos outros sempre que não esteja envolvido o dever ou a caridade.
Devemos procurar alcançar o maior prestígio profissional possível, mas por Deus, não por orgulho, nem para pisar os outros. Aprenderemos a ser humildes se nos relacionarmos sempre mais intimamente com Jesus.
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