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Foto do escritorHenrique Santos Filho

QUEREMOS VER JESUS OU ATRAÇÕES

Você se vê tomando atitudes como estas, veja a formação completa.


Foto: https://2.bp.blogspot.com/-pZ89HSfuSiM/VRvet8fZ74I/AAAAAAAA5NU/Tr4wXYKR_Ww/s1600/20150331090254140513o.jpg

Um domingo, faixas e cartazes anunciavam: “Hoje tarde de louvor e oração”. Uma hora depois iniciado o evento, o rapaz que coordenava fazia um esforço imenso convidando os presentes – uma média de 40 pessoas – a louvarem, cantarem a agradecerem a Deus por algum motivo.

Foram 3 horas de evento, e o pequeno número de participante, formado por pessoas de idade avançada, senhoras desacompanhadas, algumas crianças que não ficavam quietas e pouquíssimos jovens, saíram do local esboçando sorriso e conversando baixinho.

Algumas semanas mais tarde, faixas, cartazes, rádios e TV anunciavam: “Tarde de cura e libertação com “padre fulano de tal” e “ciclano”, ministrado em oração profunda de cura e libertação, ainda estarão presentes tal cantor e cantora...”. Chegado o dia, seguranças, equipes de apoio davam orientações, proibiam entradas em algumas portas, e fechavam a entrada do palco, a uma imensa multidão. Uns ansiavam os momentos de oração, outros corriam para se posicionarem bem próximo para ver o tal cantor, um sucesso de público e financeiro, pois ambulantes vendiam de tudo: agua, terço, toalhinhas, livros, novenas, etc.

Imaginemos uma cena semelhante, se fizermos uma analogia da citação de Mateus 15, 13 ss. Quando João Batista foi decapitado, os discípulos e Jesus entraram numa barca para se isolarem, desceram da barca e ali ficaram. Eram poucos, seria bom reunir um povo para que Jesus lhes ensinassem um caminho de vida nova e a posse do Reino de Deus. Mas como atrair pessoas? Quem estaria interessado em formação de vida? Alguns discípulos sugeriram que se anunciasse nas rádios e TVs de Carfanaum, outros optaram por folhetos e carros de propaganda, afinal a tecnologia também recém implantada como facebook, twitter, etc ajudariam muito.

Mas como sempre tem alguns do contra, convenceram os outros que se não trouxessem alguma atração, só Jesus não atrairia muita gente não, pois este final de semana havia jogo entre gregos e romanos, uma final de basebol em Israel. É melhor convidar algum famoso para atrair um público bom, mas quem??? As sugestões começaram... tem um excelente cantor nas redondezas da Samaria, amigo dos publicanos e religiosos Judeus, com muita fama nas sinagogas. Tem uma grande empresa de Corinto que o contratou para cantar em muitas celebrações, até já gravou, ele seria ótimo, disse alguém.

Outro sugeriu um excepcional orador do Templo, já havia escrito muitos livros e criado muitos princípios filosóficos, ocupando como best seller nas livrarias da Judeia. Acordado as sugestões, chamaram especialistas em marketing para aproveitar o momento com vendas de todos os produtos possíveis, refeições, etc. para que o dia do evento fosse um grande sucesso.

Assim foi feito. Terminado o “grande dia”, a maioria voltou para casa com muitos “badulaques” adquiridos, cantavam as melodias ali executadas e riam muito do jeitinho do “fulano de tal cantor”, “uma gracinha” e era!

Passados alguns dias, voltando a rotina, o desanimo tomou conta de muitos, enfermidades voltaram, resmungos, reclamações e lamentações tomaram de novo as conversas, não só nas ruas de Jerusalém, mas até no Templo.

Você por acaso perguntou o que aconteceu com Jesus? Pois é, ainda está no mesmo lugar esperando sua vez de ser visto e percebido por aqueles que embora apreciem o modernismo. São primeiro e mais atraídos pela pobreza, simplicidade, humildade e sobretudo poder de Jesus! Quem tem ouvidos ouça! “Como eu gostaria de uma Igreja pobre, para os pobres”. (Papa Francisco)

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