O Papa Francisco na jornada da Juventude em 2013, disse:“Quando um jovem não confia na vida, quando perde a esperança, busca um pouco de paz "nos "mercados da morte, a estes eu peço, não vendam a sua juventude para os que vendem a morte! Vocês sabem do que estou falando. Confiem em Jesus. E quando o digo quero ser sincero: Eu não venho aqui para vender-lhes uma ilusão; venho para dizer que há uma Pessoa que pode levar vocês adiante; confiem nela. É Jesus e Jesus não é uma ilusão... ”
O Papa tentava mostrar a uma nova geração o perigo da mercadologia da morte através das drogas e dos perigos modernos pelas redes sociais. A propaganda do aborto e da eutanásia manipula e alenta nas pessoas a ansiedade e o medo, para gerar uma mudança cultural que banalize a morte através de um processo de recomposição mental. Dr. Carlo Bellieni, um grande perito em uma publicação titulada “Como se vende a morte”, adverte que “a comunicação intervém sempre com força para influenciar no modo em que percebemos nossa saúde e julgamos complexos assuntos bioéticos como o aborto e a eutanásia”. Salienta ainda que o “mercado das doenças”, bastante conhecido no campo da medicina: que para vender fármacos se inventam do nada patologias ou se tratam como tais características humanas como, por exemplo, a timidez ou a menopausa. Este objetivo segue ademais uma clara estratégia que tem início ao “ampliar os dados para logo criar um sentido de pânico”. Passa-se logo aos testemunhos que são de dois tipos: primeiro os casos quase ‘milagrosos’ do fármaco em questão, e logo os peritos que juram sobre a bondade do fármaco. Este fenômeno prossegue está em auge, sobretudo nos países onde para comprar medicamentos não é sempre necessária a receita médica, e isto é inquietante porque gera uma relação mercantilista entre o cidadão, a enfermidade e o médico.
Aplica-se atualmente esse esquema para introduzir novos critérios morais nas campanhas que promovem o aborto e a eutanásia. Se olharmos com mais cuidado, encontraremos as industrias das armas, cada vez mais potente, que não mais usadas só nas guerras entre as nações, mas nas favelas, nas casas, nas ruas em nosso habitat.
No meio de grandes industrias farmacêuticas, de armas potentes e das desculpas sem fundamento para esse “arsenal” de morte, não se pode deixar de notar a indústria de bebidas e fumo, que se enriquecem dia a dia na destruição de lares e família. E os que vendem bebidas, alimentando o vicio, a doença em pais de família, a separação de casais, com desculpas que é seu ganha pão? Não importa que isso leve morte lenta, ao suicídio lento de vidas de pessoas. Porque se vendem também bebidas nas igrejas, nas festas religiosas? Que desculpa se tem para angariar fundo para manutenção da vida, quando se vende a morte? Não é Palavra de Deus que diz “ quem sabe fazer o bem e não faz, peca? (Tiago 4,17). E que tudo que fizermos ao outro é a Deus que estamos fazendo? (Mateus 25, 40). É tempo de reflexão profunda. Em João 10,10, Jesus disse que veio para a vida e vida plena e não nos trouxe a morte. Que em cada gesto, à luz do Espírito Santo, possamos contribuir para vida e não para a morte.
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