O apóstolo Paulo nessa carta aos irmãos em Roma apresenta como eles deveriam viver nesse mundo ímpio.
Nos capítulos anteriores (1-11) ele apresentou o que esses crentes deveriam crer, pensar, refletir teologicamente.
Nos últimos capítulos (12-16) da carta, o apóstolo diz como devem viver a luz do que creem!
Teologia é para a vida, não é somente para o intelecto, deve influenciar toda a nossa vida, nossa perspectiva, nossa esperança, nossa conduta, nossas escolhas!
É isso que Paulo resumidamente apresenta nessa carta.
“...já é hora de vos despertardes do sono;...” (verso 11).
O apóstolo diz para a igreja em Roma despertar de uma vez por todas do estado de sonolência.
Mas que sono é esse?
Pode ser interpretado como um estado de mundanismo da igreja, de descuido ou negligência espiritual, atitudes errôneas.
É bem provável essa interpretação, porque no verso 13, Paulo fala para não andarem em pecados de ordem sexual.
O que parece nos mostrar que havia praticas assim no meio da igreja e que precisavam ser evitados. Esses irmãos precisavam entender a urgência de viver uma vida santa e reta perante o Senhor, não podiam continuar a praticar esses pecados.
Porque deveriam parar imediatamente com essa prática pecaminosa?
O verso 11 responde: ...porque a nossa salvação está, agora, mais perto do que quando no princípio cremos.
A salvação que Paulo aqui fala é o plano da redenção, refere-se a Segunda Vinda de Cristo, que a cada dia que passa está mais próximo, vivemos os últimos dias!
Estamos entre a primeira vinda e a segunda vinda de Cristo, o plano de redenção do eleito já está nas suas últimas fases!
A primeira parte já foi cumprida, falta apenas a segunda.
A igreja de Roma estava no caminho para o grande Dia do Senhor!
Paulo afirma para eles que esse Dia está mais próximo que quando creram.
O tempo do fim se aproxima!
Paulo aqui faz uso de uma figura de linguagem: “noite e dia”, para exemplificar “trevas e luz”.
Ele está dizendo que as trevas estão cada vez mais intensas, “Vai alta a noite”, mas a intensidade das trevas significa que o “dia vem chegando”, que é vinda de Cristo! A Vinda de Cristo é representada como algo que trará plena luz em 1 Coríntios 4.5: ...até que venha o Senhor, o qual não somente trará plena luz as cousas ocultas das trevas... Tudo que antecede o dia glorioso da vinda de Cristo é constituído de trevas, é noite.
A história é envolvida por trevas do pecado que caminha para o seu fim, é uma história breve em comparação com a eternidade que com Cristo teremos. Se com Cristo sofrermos, com Ele seremos glorificados (Rm 8. 17).
Os sofrimentos do tempo presente não podem comparar com a glória que em nós será revelada (Rm 8. 18).
Devemos ansiar pelo dia da Redenção dos Filhos de Deus (Rm 8. 23).
O que devemos fazer diante de tudo isso? Mais uma vez o texto responde (verso 12): ...
Deixemos, pois, as obras das trevas e revistamo-nos das armas da luz.
Paulo diz para deixarmos de uma vez por todas as práticas pecaminosas, práticas da “alta noite”.
Ao contrário de praticarmos as obras das trevas, temos que nos revestir das armas da luz, da santidade de Cristo.
A nossa vida é o combate contra os desejos da carne, ciladas do Diabo e seduções mundanas (verso 13-14).
O que é andar dignamente? É um andar honesto, com franqueza, com transparência, com santidade, com retidão.
Fomos alcançados em Cristo para uma nova vida, para vivermos em retidão, justiça procedente da verdade (Ef 4.24).
Paulo diz que esse andar é como em “pleno dia”, mais um reforço a interpretação do verso 14, sobre “noite como trevas” e “dia como luz”. Como é andar em pleno dia?
O texto responde: ...não em orgias...
Em Roma era muito comum orgias sexuais unido a bebida durante os cultos pagãos.
Essas festas que começavam em público iam até alta noite e terminavam em reuniões nas casas com orgias.
O que as pessoas com doenças na alma precisam saber é que a maioria dessas enfermidades não deveria ser tratada com remédios, mas sim com a Palavra de Deus e com a ‘terapia da oração’.
Deus nos criou e nos conhece e entende mais do que qualquer um”, diz o pastor.
A Palavra de Deus penetra entre a divisão da alma e do espírito chegando a um lugar no coração do homem que ninguém é capaz de alcançar “
A Palavra de Deus nos estimula à análise introspectiva.
Quando você começar a mergulhar dentro de si mesmo, descobrirá a causa que o está levando a esse estado de coisas, e encontrará a solução”.
As doenças da alma mais comum nos dias de hoje são: depressão, síndrome do pânico, angústia, baixa autoestima, transtornos de humor, fobias e outras.
Quem sofre com algumas dessas enfermidades precisa encontrar a raiz do problema para poder encontrar a solução que trará a cura.
“Talvez também seja necessária a ajuda de um terapeuta; alguém formado em psicologia, preparado para conduzi-la em uma análise.
Por meio do processo da verbalização começará a desenhar-se a cura”, ensina o pastor.
Mas os dois tratamentos devem caminhar juntos, por isto a Escritura e a oração não podem ser descartadas enquanto passar pelo tratamento com um profissional de psicologia.
Quando alguém dobra os seus joelhos para orar, falar com o Altíssimo, que é onisciente e onipotente, sobre o que o está incomodando, machucando, ferindo, o que está dentro da sua alma, imediatamente o processo da cura é iniciado.
O Senhor tem poder para curar depressão, angústia, tristeza, traumas, e resgatar a autoestima e ajudar-nos a ter uma autoimagem positiva de nós mesmos.”
O despertar espiritual gera mudanças no nosso comportamento e na forma como nós interpretamos o mundo.
O ego diminui e aumenta o nosso nível de paz interior.
7 sinais que indicam o início do despertar espiritual.
1) Diminuição da capacidade de julgar e rotular as pessoas. Uma das formas utilizadas pelo ego pra se fortalecer tomar conta da nossa mente, é o ato de julgar. Ele se sente superior e importante. Com o despertar, o ego enfraquece e a necessidade de ser superior vai perdendo a força.
2) Prazer em contemplar e apreciar a natureza e os animais. Apreciação pelo sol, pela lua, desejo de caminhar na praia, na natureza. Atração por coisas naturais: terapias naturais, comidas naturais.
3) Deixar de interpretar e imaginar por que as pessoas agiram da forma que agiram.
Uma grande prisão do ego que tira a nossa paz interior é quando a mente fica criando histórias e teorias pra explicar por que as pessoas fizeram ou disseram isso ou aquilo.
A pessoa comenta como um, e com outro. Ela tem certeza de que sua teoria é uma verdade absoluta. Com o despertar, a mente perde esse interesse e vai deixando de criar essas histórias.
4) Discernimento entre o que é um fato e o que é a sua reação emocional ao fato.
Todos os fatos são neutros. Mas, eles podem funcionar como gatilhos emocionais que trazem a tona sentimentos ruins que estão gravados dentro de nós.
Quando você vai despertando isso vai ficando cada vez mais claro e você vai deixando de culpar as situações pela forma como você se sente e entende que você é o único responsável pelos seus sentimentos negativos e por curar cada um deles.
5) A capacidade de observar os próprios pensamentos e emoções negativas sem se deixar sugar por eles.
Quanto menos desperta é a pessoa, mais as emoções conseguem sequestrar os pensamentos e fazer a pessoa agir e falar coisas. A pessoa nem se dá conta disso. Ela acredita piamente naquelas emoções e pensamentos e se deixa levar por eles.
6) Amar de forma desapegada, deixando cada pessoa ser do jeito que é.
Você vai deixando de precisar que as pessoas mudem pra ser do jeito que você gostaria que elas fossem.
7) Sentir-se feliz e completo mesmo estando só. A pessoa passa a sentir prazer em ter momentos de estar consigo mesma, meditando, lendo um livro, contemplando a natureza. A dependência emocional por companhia perde a força. Não é que a pessoa deixe de ter prazer em ter a companhia de outras pessoas, mas ela passa a não precisar mais disso pra ser feliz.
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