Em 1800 quando começou o movimento dos acampamentos evangélicos a música que caracterizava os acampamentos era muito simples, com muita repetição, e evidentemente muito emocional e frequentemente improvisada. Muitos dos cânticos dos acampamentos também usavam melodias seculares.
A obra do Espírito Santo era evidenciada pelo número de pessoas que caíam literalmente no chão, sobre a influência da emoção da convicção do pecado. Algumas pessoas eram também levadas a rolar, estremecer, dançar.
Devemos lembrar também, que a escravatura era uma realidade naqueles dias e o negro apareceu mais tarde junto com o branco nas reuniões campais de movimentos, reavivamentos e acampamentos, ia se criando uma abundante hinologia de caráter popular, outra corrente de caráter diferente ia tomando forma entre os negros dos Estados Unidos, e influenciando a música religiosa, a música de dança e a própria música erudita moderna da América.
Não se passou muito tempo, e as igrejas litúrgicas e os grupos denominados tradicionais nos Estados Unidos já estavam cantando músicas sacras com melodia folclórica secular, em uma tentativa de tornar os cultos de adoração mais expressivos e festivos.
A música sacra/profana foi anunciada como "renovação em comunicação", pelas igrejas cuja frequência e sustento financeiro estavam decrescendo, e onde era notável a ausência dos jovens.
É importante observar que as musicas cantadas nas igrejas, tanto tradicionais ou pentecostais, receberam uma forte influência de todos esses fatores apresentados. O estilo sacro/ profano, além de ser usado como meio "evangelístico" para atrair as pessoas, também é usado na adoração.
Não é difícil encontrar uma igreja onde não tenha uma bateria e que não cante músicas em diversos estilos: baião, samba, rock, pop, sertanejo, blues e até heavy metal.
No Brasil é bastante evidente o contraste entre os cantores e grupos musicais tradicionais e os recentes cantores e grupos musicais jovens que têm usado estilos muito populares na composição da música cristã.
As principais características da música de Louvor contemporânea se destacam:
1) Perda discernimento entre sacro e profano;
2) Introdução de músicas profanas para uso religioso, com o intuito de tornar o evangelho mais acessível e fácil ao nível do gosto popular;
3) Músicas baseadas nas emoções, subjetivas, com ritmos que servem para levar ao êxtase.
Umas das maiores descobertas científicas, foi a de que a música penetra na mente humana através daquela porção do cérebro que não depende da vontade, da parte consciente, mas estimula, por meio do tálamo, a sede de todas as emoções e sentimentos, invadindo o centro cerebral automaticamente, quer a pessoa queira ou não.
A partir daí podemos entender o porquê da conversão baseada em emoções e sem a aceitação racional de doutrinas. Uma das maiores desculpas dada em relação à música, é a urgência com que o evangelho deve ser pregado aos que não conhecem a Jesus Cristo, e a melhor forma é envolvê-las com músicas sacras/seculares.
Pode-se verificar a mais completa invasão de formas seculares na expressão religiosa já experimentada na história, em todas denominações. "Peritos musicais" mudam os estilos usados na igreja, para conservarem-se atualizados em relação às últimas tendências da música popular secular.
Chega-se então à conclusão de que Satanás tem usado sua influência não só apenas na música secular, mas exerce também grande influência na própria música usada entre os cristãos.
A criatividade oferecida pelas novas formas, pode levar a uma perda significativa de identidade, o que já acontece em muitos lugares. Finalmente, o "novo prazer" pode levar a uma adoração hedonista, que é outra forma de idolatria adorando a experiência, e não a Deus.
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