Nos últimos tempos nota-se uma extrema preocupação sobre cura e libertação.
Não que isso não seja necessário. Mas quando lemos a passagem dos 10 leprosos que foram curados por Jesus, 9 deles não só não agradeceram, como possivelmente não mudaram de vida e nem O conheceram de verdade. O maior inimigo do homem, é sua própria ignorância (no bom sentido), pois não a falta de conhecimento da palavra, fica na periferia, não se aprofundando no conhecer o autor de tudo, ficando na maioria das vezes, submisso a heresias, seitas, etc.
Quando se fala em Grupo de Oração (GO) refere-se a um grupo aberto, assembleia de oração, para designar o momento em que a "multidão de pardos, medos, elamitas" se ajuntam na frente do Cenáculo (Atos 2, 5). A finalidade da evangelização no GO deve ser querigmatica e levar os participantes ao Batismo no Espírito Santo, para formar "comunidade".
Todos GO existem para levar as pessoas ao Batismo no ES.
O elemento mais importante de um GO, no aspecto prático, é o povo.
O GO gira em torno das pessoas que frequentam e não em torno da vontade da equipe que o conduz. Sua preparação deve partir das necessidades dessas pessoas: o que elas precisam? Como levá-las ao Batismo no Espírito, o que Deus quer fazer a elas? As perguntas de discernimento para a preparação do GO devem ser em função do povo, e não em função da vaidade do pregador ou de quem quer que seja.
As pessoas que buscam um GO são de diversos tipos, a exemplo da multidão do dia de Pentecostes: perseverantes, curiosos, ociosos, fugitivos, desempregados, desesperados, revoltados, em depressão e a maioria é constituída por mulheres.
O coordenador do GO não atua o tempo todo, por isso é que formamos uma equipe de núcleo de serviços no GO, que buscam servir o povo naquilo que for necessário no momento: cura, libertação, palavra de sabedoria ou ciência, palavra de profecia, enfim, tudo que possa contribuir para que a Palavra proclamada seja eficaz e produza frutos que permanecem.
A pregação é o ponto central de um GO.
É o fundamento da motivação do GO. É ela que motiva o povo a orar. É necessário que se anuncie a Palavra para que o Espírito Santo seja derramado. Em Atos 2 vemos esta sequência: Pedro cheio do Espirito Santo se destaca dos demais e com voz forte anuncia o Evangelho aos que se ajuntavam ali que, com os corações atingidos, perguntam o que devem fazer para receber, também eles, o dom do Espírito.
A pregação motiva e o povo reage, pedindo, louvando, cantando, aplaudindo. Pedro faz uma proposta de conversão e tudo vai acontecendo nos corações. Pedro não dá resposta no lugar do povo. É bom que se saiba, que pregação, não é ensino. Pregação não tem como objetivo atingir a inteligência, mas o coração. O conhecimento é necessário, mas o anuncio querigmático é que leva as pessoas a experimentar a misericórdia de Deus, que se manifesta em Seu Filho Jesus Cristo.
O Apóstolo Paulo nos ensina que não importa doença, problemas, etc. O que importa é Jesus, porque o amor de Deus tudo supera. Não se trata de se conformar com doenças ou problemas, mas de se ter atitudes positivas, de se abrir para participar da graça. Se uma pessoa não sai de si, não vai chegar a Deus.
Muitas vezes dirigentes acabam "mandando" no povo, levando as pessoas a entrar no seu esquema. Por isso, as pessoas acabam sem motivação e não acontece a experiência de Deus. Acabam idolatrando pregadores, coordenadores, padres, etc, sem uma experiência pessoal de Pentecostes.
A motivação maior deve ser o amor de Deus que foi derramado. Ele nos ama. Ele nos quer curar e libertar. Como GO, nosso foco deve estar na oração para que Pentecostes se repita, em todos que são chamados de acordo com a Vontade de Deus (Atos 2,39).
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