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Foto do escritorHenrique Santos Filho

JESUS OU BARRABÁS?

Ao longo da vida fazemos escolhas e elas são determinantes quanto ao ponto de chegada, isto é, ao lugar e que queremos chegar depende das escolhas que fazemos.

Foto: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/1f/Gospel_of_John_Chapter_18-10_%28Bible_Illustrations_by_Sweet_Media%29.jpg

Tudo na vida é uma questão de escolha. A única coisa que não escolhemos é se queremos nascer ou morrer. Vida e morte é assunto que foge da alçada humana. De resto, tudo está associado ao que escolhemos, salvo raríssimas exceções.

Por exemplo: Se queremos ser bem sucedidos na vida; qual a escola a frequentar, com quem namorar ou casar; que profissão escolher; onde morar; de que modo viver; que roupa vestir; com quem andar; entre outros.

Vejamos a escolha que nos mostra o texto acima. Um jovem de 33 anos - JESUS - foi colocado em xeque com um malfeitor, salteador - BARRABÁS. Jesus tinha nome, sobrenome, família, origem, propósitos, planos, sonhos, projetos, ideias e ideais. Barrabás tinha apenas nome. Não se sabe o sobrenome, de onde veio, qual sua origem familiar. Sabe-se apenas que era um salteador; um fora da lei. Não era alguém do bem, de boa índole, de reputação ilibada ou de boa fama; não tinha boas intenções; seus propósitos; suas ideias e seus ideais não eram dos melhores.

Barrabás estava preso, havia contrariado a ordem, a lei, o bom costume voltado as regras sociais. Era um condenado pela justiça e anistiado pela vontade popular manipulada pelos líderes religiosos.

Jesus nem preso estava!

De maneira violenta fora levado pela turba do sumo sacerdote, os mesmos religiosos que anistiaram Barrabás pedem a condenação de JESUS, levando-o a presença do governador da Judéia - Pôncio Pilatos. Não havia nele crime algum (v. 38). A casta religiosa exigia sua condenação, embora crime algum houvesse cometido. O governador sente-se acuado diante da voracidade de seus algozes e como bom politico, precisa dar uma resposta a sociedade: JESUS OU BARRABÁS?.

Jesus era inocente, não havia nele pecado algum. Norma alguma havia violado, mas era preciso ser alijado do meio, pois colocava em xeque o farisaísmo, a hipocrisia religiosa, a falsa concepção acerca do Reino de Deus e contrariava os que não concordavam. A vida é sempre assim, os contrários, via de regra são repudiados, rejeitados e excluídos do meio, pois incomodam os diferentes e que avessos as suas ideias.

Jesus não pensava como pensavam seus opositores; não vivia como viviam os enganadores do povo, os mercadores da Palavra de Deus e exploradores da fé; os espoliadores da crença simplista que continua anortear os incautos. Não compactuava das tradições religiosas de seus algozes e não consentia em enganar os indoutos, desavisados e descuidados espirituais. Jesus não fazia comércio da fé, não vendia bênçãos, não propunha estradas sem dificuldades, sonhos sem batalhas e vitória sem sacrifício.

Oferecia a cruz como solução para o problema da alma: "Então disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me" (Mt. 16, 24).

A cruz é símbolo de vitória, mas também de sofrimento, de entrega, de doação e de amor.

Diante da autoridade de Pôncio Pilatos Jesus não retrocedeu: "O meu reino não é deste mundo" (Jo. 18, 36). Não o impressionou o fato de ser julgado por alguém que detinha poder: "Nenhuma autoridade terias sobre mim, se de cima não te fosse dada..." (Jo. 19, 11).

Sabia que a sua hora havia chegado e a cruz era o trono que lhe estava reservado. A coroa de espinhos estava pronta para ser cravada em sua cabeça e naquele pódio, destronaria os principados e potestades: "e despojando os principados e potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz" (Colossenses 2, 15).

Jesus ou Barrabás?

Esta foi a escolha que fizeram os líderes religiosos. Optaram pelo que de pior havia. Tocaram o justo pelo injusto. O Santo pelo profano. O Salvador pelo salteador. O Filho de Deus pelo filho do diabo. A Luz pelas trevas. A Verdade pela mentira. A Liberdade pela escravidão. A Vida pela morte.

E daí as consequências da escolha que continua a recair sobre a raça humana em face da opção errada e equivocada em matéria espiritual.

Toda escolha que fazemos ao longo da vida gera as suas consequências. A Lei da semeadura é infalível: "Não vos enganeis: de Deus não se zomba pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia para sua própria carne de carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espirito o Espirito colherá Vida Eterna" (Gal. 6, 7-8).

Sendo a escolha o ponto determinante para o resultado, segue-se que é preciso estar atento as escolhas que fazemos ao longo da caminhada, pois delas dependem o sucesso ou o fracasso, a vitória ou a derrota; a vida ou a morte e não apenas isto, mas principalmente, o destino da alma.

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