Desejamos saudar as mães cristãs ao meditar sobre a mãe de Jesus, nosso Salvador, modelo de mulher cristã, modelo de mãe, modelo de mãe cristã.
O Novo Testamento tem pouco a dizer sobre Maria. É, na verdade, extremamente lacônico ao falar de sua vida. Não tem ela lugar de proeminência nos Evangelhos.
Como diz uma autora católica "Parece até ausente do ministério de Jesus, Seu Filho". Dois dos evangelistas até deixam de colocá-la no relato (Marcos e João), pois a história da infância de Jesus, os chamados "Evangelhos da infância", somente é relatada em Mateus e Lucas. Suas ultimas palavras registradas foram as do casamento em Caná da Galileia (Jo. 2, 3).
Fora esse episódio, quantas anotações temos do que falou???
Em Mateus e em Marcos nada foi registrado. Em Lucas, na cena da Anunciação (1. 34- 38), no Magnificat (1.46-55), e em (2, 48) quando Jesus está com 12 anos.
Seu nome é forma graco-latina do hebraico Miriam, nome da irmã de Moisés. No Novo Testamento, é registrada a presença de várias Marias: Maria Madalena, Maria, irmã de Lázaro e Marta, Maria, a mãe de João Marcos, Maria, membro da Igreja em Roma, e Maria de Nazaré. De fato morava em Nazaré.
O Novo Testamento não o afirma, mas o chamado Proto-evangelho de Tiago declara terem sido seus pais Joaquim e Ana. Tinha cerca de quatorze anos quando ficou noiva de José, carpinteiro de profissão e descendente da casa real de Davi, da qual haveria de nascer o Messias.
Lucas descreve a cena do anúncio da haver sido escolhida para Mãe do Messias (1, 26ss.). O mensageiro de Deus a chama de "agraciada", ou seja, que ela era alvo de um favor especial de Deus, e não que fosse fonte de graça. Esse favor, essa graça especial era ser Mãe do "FILHO DO ALTÍSSIMO", mãe do filho do El Elyon (cf. 1, 32)! Ora, senhoras e moças judias ansiavam pelo privilégio de ser a mãe do Ungido de Deus, porém ele não buscou essa moça no palácio de Herodes nem nas camadas altas da sociedade entre os saduceus; fê-lo entre o povo, e agraciou uma jovem simples, pobre, surpreendendo, deste modo, a expectativa e mente de todos (cf. I Co. 1, 27).
Maria era tão humilde, simples e pobre que ao levar Jesus bebê a Jerusalém para o consagrar, e fazer o sacrifício ordenado pela Lei de Moisés (Ex. 13 ,2; Lv. 12, 1-3, 6-8), ofereceu dois pombinhos em vez de um cordeiro (Lc. 2, 24).
Aliás, poderia ter dito "não" quando do anúncio, mas não o fez; poderia ter evitado todo o futuro sofrimento, aceitou-o, porém, com resignação e entrega absolutas.
Suas Palavras o atestam: "Disse então Maria: Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a Tua Palavra". (Lc. 1, 38a). Concebeu do Espirito Santo como o diz Mateus 1, 18 (cf. Lc. 1, 35) tornando-se entre as mulheres a única que pode ser chamada, como foi por Isabel, "Bendita" por trazer no ventre o "Bendito fruto" do Eterno (cf. Lc. 1, 42)
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