top of page
Foto do escritorHenrique Santos Filho

NÃO LEVEIS EM CONTA ESSES PECADOS

Quando lemos estas palavras em Atos 7,60 e contemplamos Estevão, mártir pela causa de Jesus, um questionamento se faz: Qual é o nosso testemunho de Cristo nos dias de hoje? Como cristãos até que ponto estamos dispostos a sofrer pela causa de Jesus neste mundo ambicioso e decadente?

Foto: https://www.mdipime.org/wp-content/uploads/2021/04/special-statements-hands.jpg

São perguntas assim que deveríamos fazer todos os dias, para confirmar a nós mesmos nossa fé e esperança de um mundo novo. Muitas vezes não nos preocupamos com os acontecimentos diários, onde inocentes morrem pelo Reino de Deus.

São mártires deste século, que silenciosamente, anunciam e denunciam, e na maioria das vezes não há quem os escute.

A palavra "martírio", em grego, significa "testemunho". Passou a significar o testemunho especial que envolve por inteiro uma vida, e implica sua entrega total numa morte que só se explica pela coerência com a causa que estava em jogo.

Ao falar de "mártires", logo pensamos nas pessoas que pagaram com a vida o preço de sua fé em Cristo.

O fascínio do martírio deriva também da convicção de que e e ele é a expressão mais perfeita, e mais completa, da entrega da própria vida a serviço das causas de Deus. Tanto que a pessoa, quando mártir, é logo considerada santa.

O martírio é uma graça, que Deus concede às pessoas que recebem a força de entregar a própria vida, em coerência com sua fé.

No mês passado, na Semana Santa celebramos o testemunho supremo de Jesus, do qual deriva o significado e a importância de todos os outros "martírios" que se ligam a Cristo. O "martírio" de Cristo teve duas direções, intimamente ligadas entre si.

Em primeiro lugar, um testemunho a respeito do Pai: por sua morte, Jesus confirmou sua comunhão e sua identificação com Deus, sua obediência ao Pai.

"O Evangelho de Cristo precisa hoje ser proclamado a partir de um compromisso coerente com a causa do Reino de Deus..."

Foi por testemunhar que ele, de fato, era o Filho de Deus, que Jesus foi condenado a morrer. "Temos uma lei, segundo a qual deve morrer, porque ele se fez filho de Deus". Assim sentenciaram as autoridades dos judeus diante de Pilatos, urgindo a condenação de cruz para quem tinha blasfemado desta maneira.

Mas o "martírio" de Cristo não se voltou só para o Pai. Ele se voltou também para nós. Por sua morte Cristo testemunhou seu grande amor pela humanidade, a sua compaixão, a sua misericórdia, a sua proposta de perdão e de reconciliação.

"Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por seus amigos".

Hoje é muito mais difícil testemunhar esta coerência com o Evangelho, do que professar o nome de Cristo, motivo principal dos "martírios" nos primeiros séculos da Igreja.

Sobretudo é difícil levar à sociedade de hoje os valores do Evangelho, para que ela se organize com critérios de justiça, de dignidade, de respeito pelos direitos das pessoas, e de vida para todos.

O Evangelho de Cristo precisa hoje ser proclamado a partir de um compromisso coerente com a causa do Reino de Deus, como fez Oscar Romero, como fez a Irmã Dorothy, como fizeram tantas pessoas, cujo martírio precisaria ser hoje resgatado com muito mais coragem e vigor pela Igreja que necessita com urgência destes testemunhos de autenticidade evangélica.

Que cada um de nós cristãos comprometidos com a vida no testemunho de Cristo, possamos perguntar a nós mesmos:" Até que ponto posso me doar em beneficio de meus irmãos? Que tamanho é o amor de Cristo em minha vida a ponto de oferece-la pelo outro?

14 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

MÃE DA FÉ

コメント


bottom of page