A que ponto chegamos. O interesse comercial no mundo da economia não nos assusta mais. Vê-se corrupção, aliciamento, contrabando, manipulação de todo tipo. Uma disputa de poder e centralização faz com que, empresas e empresários, mudem de opinião ou ideal, segundo as regras do toma-lá-dá-cá. Adversário e inimigos se unem, quando o interesse pessoal e egoísta é atendido.
Ouvi uma senhora dizendo "que não se pode confiar mais em ninguém". Falava ela dos familiares, da polícia, dos advogados, dos juízes, não generalizava, mas estava assombrada com as notícias diárias, e chegando citar até nome de religiosos. Falava da saudade do tempo que seu pai e avô diziam que: "um fio de bigode era sinal de confiança".
Os tempos mudaram, aquela senhora estava na verdade decepcionada com o aumento dos interesses pessoais e a diminuição da solidariedade pelo outro. Ela tem razão. Jesus disse que somos "cidadãos do céu": "Dei-lhes a tua Palavra, mas o mundo os odeia, porque eles não são do mundo..." (Jo. 17, 14ss). Em outro momento Jesus diz: "não nos contaminamos com o fermento dos fariseus e sauduceus" (Mt. 16, 6).
Jesus percebia que o mundo, levava os seus a fazerem o mesmo. A terem a mesma atitude pagã.
As pessoas eram induzidas a tomares atitudes contrarias aos Mandamentos e ensinamentos Divinos. Hoje não é diferente! Se não tomarmos cuidado, nos envolvemos e colocamos dentro do nosso ministério as formas e argumentos mundanos.
É triste percebermos claramente a competição e manipulação centralizada em nome de Jesus de alguns setores religiosos, em beneficio de causa própria. Na citação Bíblica da Torre de Babel (Gen. 11, 1ss), vemos que o que parecia ser unidade, se transformou em interesse egoísta, cada um visando seu próprio beneficio, e não chegando a lugar nenhum, sendo dispensados por Deus.
A Igreja é Igreja pela unidade dos que nela congregam. A diversidade de funções, carismas e ministérios é que forma a Igreja (Atos 4, 32). Podemos estar construindo uma "babel", onde cada um busca seu interesse, visando seu próprio egoísmo. Cada comunidade paroquial necessita de meios para que ali, na sua realidade, viva o evangelho e tenha meios financeiros para a fraternidade solidária entre si.
Chegamos em um ponto que trabalhar para Deus virou um negócio. E isto não é certo. As pessoas precisam receber a Palavra de Deus, o povo tem sede e fome de vida nova. em Cristo Jesus.
O que aprendemos do Senhor deve ser ensinado a outros que comprometam a ser Igreja em suas localidades, paróquias e famílias.
Evangelizar significa anunciar, proclamar, ou seja, mostrar Jesus, deixá-lo ser visto, experimentado e vivido. Portanto tomemos posse do que nos diz Efésios 4, 20: "Vós, porém, não foi para isto que vos tornastes discípulos de Cristo".
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