Quando Deus criou o homem deu lhe a missão de governar sobre todo ser vivente, confiou ao homem algo que cabia a Ele, por amor, e outorgou-lhe esta missão, e até nos dias de hoje Deus confia no homem e espera que o mesmo cumpra sua missão, sua vocação de continuar anunciando o grande amor de Deus para com todos.
E esta vocação não é somente para alguns é para todos nós filhos amados, que desde o seio materno somos considerados reis, profetas e sacerdotes, não é somente para os que recebem a Ordenação, nós leigos por nossa própria vocação, procuramos sempre o reino de Deus exercendo funções temporais ordenando-as segundo Deus.
A nós, portanto cabe de maneira especial iluminar e ordenar de tal modo todas as coisas temporais, ás quais estão intimamente unidos, que elas continuamente se façam e cresçam segundo Cristo e contribuam para o louvor do Criador e Redentor.
A nossa iniciativa de cristãos leigos é particularmente necessária quando se trata de descobrir, de inventar meios para impregnar as realidades sociais, políticas e econômicas com as exigências da doutrina e da vida cristã. Esta iniciativa é um elemento normal da vida e da Igreja.
Estamos na linha mais avançada da vida da Igreja: graças a nós leigos a Igreja é o principio vital da sociedade humana.
Desta forma, especialmente, nós devemos ter uma consciência sempre mais clara não somente de pertencermos à Igreja, mas de ser Igreja, isto é, a comunidade dos fiéis na terra sob a direção do Chefe comum, o Papa, e dos Bispos em comunhão com eles. Uma vez que, como todos os fiéis, somos encarregados por Deus do apostolado em virtude do batismo e da Confirmação, temos a obrigação e gozamos do direito, individualmente ou agrupados em associações, de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra: esta obrigação é ainda mais presente se levarmos em conta que é também por meio de nós leigos, que os homens podem ouvir o Evangelho e conhecer a Cristo.
Nas comunidades eclesiais, a ação dos leigos é tão necessária que sem ela o apostolado dos pastores não pode, ou mais das vezes, obter seu pleno efeito.
Esta missão confiada a todos nós pelo Nosso Senhor Jesus Cristo deve ser vivida na sua plenitude não só com palavras mais também com testemunho de vida.
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